A cantora e influenciadora digital Juliette Freire se pronunciou nesta quinta-feira (29) a respeito da exposição das suas postagens relacionadas ao escândalo Damares-Marajó. Por meio da sua assessoria de imprensa, enviou uma nota à Revista Fórum para dar a sua posição sobre os fatos.
Na nota enviada à redação, a Bpmcom, agência que faz a assessoria de imprensa de Juliette, considera as suspeitas levantadas pela apuração "injustas, equivocadas e infundadas". Frisa que a influenciadora compartilhou o vídeo da cantora Aymée Rocha a fim de se solidarizar com a questão apresentada – os abusos no Marajó – e fomentar o “debate social”.
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“A artista buscou compreender o que estava sendo feito por parte do governo, buscando esclarecimentos. Por meio das redes sociais, ela teve uma conversa com Silvio Almeida, Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania e se colocou à disposição para apoiar qualquer tipo de causa humanitária no Brasil. Ela reconhece a importância da intervenção do governo e da sociedade civil sobre exploração sexual de menores, não só em Marajó, mas todo o nosso país”, diz um trecho da nota.
A assessoria também frisa que Juliette jamais publicou imagens das crianças ou compartilhou campanhas de doação para quaisquer instituições.
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“Reafirmamos o nosso compromisso, e também dos artistas assessorados por nós, com a verdade e com a responsabilidade ao lidar com questões de grande relevância social”, conclui a nota.
O que dissemos sobre o escândalo Damares-Marajó
Desde o último dia 20 de fevereiro um vídeo da cantora Aymée Rocha tem viralizado na internet, tendo sido compartilhado por uma série de influenciadores digitais de grande alcance, entre eles Juliette. Na reportagens que estamos publicando sobre o caso, mostramos que a narrativa de que há uma epidemia de abuso infantil na região é impulsionada pela senadora Damares Alves e por endinheirados grupos evangélicos aliados dela que já faz tempo estão de olho no Arquipélago do Marajó.
Durante o governo Bolsonaro, esses grupos chegaram a fazer a vezes de “representantes da sociedade civil” no programa “Abrace o Marajó” e desfilaram em jatinhos da FAB em viagem ao arquipélago nas redes sociais. Após a chegada do governo Lula, o programa foi substituído pelo “Cidadania Marajó” e esses grupos foram excluídos. Agora, estariam tentando emplacar narrativas chocantes e sensacionalistas para financiar suas “missões de evangelização” na região.
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Sobre Juliette, mostramos alguns dos seus posts nesse sentido e ponderamos que após um contato do ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos e Cidadania, a influenciadora compreendeu a importância do cuidado com o que se compartilha. Também foram mostrados números da influenciadora, como o quanto ganha para fazer publicidade nas redes e o total de seguidores que possui, justamente para dar a dimensão do tamanho do seu alcance.
Também ponderamos que era possível que Juliette, assim como outros influenciadores, tenham realmente se comovido com a história, que é bastante perturbadora. E, nesse contexto, podem ter compartilhado a fake news por engano. Mas apesar disso, a forma como se deu a movimentação nas redes naquele momento, em torno do assunto, enseja suspeitas de uma ação coordenada entre as grandes agências.
Leia a nota de Juliette na íntegra
"Recentemente, surgiram alegações que Juliette teria compartilhado “fake news” relacionadas à questão da Ilha de Marajó (PA). Nós, da bpmcom, esclarecemos que tais acusações foram equivocadas, injustas e infundadas.
Juliette compartilhou o vídeo da cantora Aymée Rocha expressando solidariedade ao tema, dando luz ao assunto e promovendo o debate social. Além disso, nenhuma imagem ou vídeo de crianças foi compartilhada, tampouco mencionou qualquer instituição ou pessoa específica, limitando-se a relatar os fatos.
A artista buscou compreender o que estava sendo feito por parte do governo, buscando esclarecimentos. Por meio das redes sociais, ela teve uma conversa com Silvio Almeida, Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania e se colocou à disposição para apoiar qualquer tipo de causa humanitária no Brasil. Ela reconhece a importância da intervenção do governo e da sociedade civil sobre exploração sexual de menores, não só em Marajó, mas todo o nosso país.
Reafirmamos o nosso compromisso, e também dos artistas assessorados por nós, com a verdade e com a responsabilidade ao lidar com questões de grande relevância social."