Uma adolescente, de apenas 14 anos, e uma bebê, de 2, enfrentaram uma verdadeira aventura para fugir de casa. As duas desapareceram no sábado (17) e foram encontradas na noite desta segunda-feira (19). Elas viajaram mais de 200 quilômetros de carona. O caso foi registrado em Goiás.
A garota mais velha contou para uma moradora que as duas irmãs eram agredidas frequentemente em casa. Além disso, a adolescente relatou que era explorada sexualmente pela mãe. Por isso, ela resolveu fugir com a mais nova, de acordo com informações do 9º Batalhão da Polícia Militar (PM) de Goiânia.
Te podría interesar
As duas saíram de Itumbiara (GO) e foram localizadas em Goiânia, distância de mais de 200 quilômetros. A mais velha contou ter pedido carona para um caminhoneiro.
Uma moradora do bairro Cândida de Morais, na capital do estado, acolheu as meninas e reconheceu as duas depois de uma reportagem na TV que abordava o desaparecimento delas.
Te podría interesar
A adolescente, segundo a Polícia Civil (PC), era "oferecida" a homens pela mãe em troca de bebidas e dinheiro. Já a bebê vivia situação de abandono pela genitora, usuária de drogas. O caso será investigado pela PC e pelo Conselho Tutelar.
Investigações apontam para outros crimes
Ao longo das investigações para localizar as menores, os agentes apuraram que as duas eram vítimas de outros crimes, fato que também motivou a fuga.
Investigação em andamento na Delegacia Especializada no Atendimento Especializado à Mulher e Apuração de Atos Infracionais (Deam/Depai), de Itumbiara, apura prática de crime de abandono de incapaz por parte da mãe.
Segundo as autoridades, o bebê era, frequentemente, levado de casa por terceiros, sem conhecimento da mãe, porque a mulher seria usuária de drogas e negligenciava os cuidados com as filhas.
Outra investigação aponta para o uso de exploração sexual por parte da mãe da adolescente. Segundo as apurações, a genitora “oferecia” a menina para homens em troca de dinheiro e bebidas alcoólicas.
A Polícia Civil representará pela concessão de medidas protetivas de urgência contra a mãe, com base na Lei Henry Borel, de acordo com informações do Jornal Opção.