Renato Cariani, o influenciador fitness e empresário bolsonarista de 47 anos acusado de vender insumos para a produção de crack e cocaína a uma facção criminosa, agora é réu por tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público nesta sexta (16) e agora ele oficialmente responde a processo relacionado ao caso.
De acordo com revelações da investigação feitas no último mês de dezembro, a Anidrol Produtos para Laboratórios, empresa que Cariani é sócio ao lado de Roseli Dorth – outra ré do processo – fraudou notas fiscais para oferecer os insumos de produção de drogas ao crime organizado.
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Além de Dorth e Cariani, outras duas pessoas também são rés no processo. O esquema funcionou entre 2014 e 2020, e até notas fiscais de vendas para a gigante farmacêutica AstraZeneca foram fraudadas para justificar a atividade criminosa perante a burocracia do Estado. Mas a organização criminosa do bolsonarista Cariani não sabia que seria desmascarada justamente por conta dessas fraudes.
As notas chamaram a atenção dos investigadores que entraram em contato com a AstraZeneca. A empresa, por sua vez, negou as transações com a Anidrol. A partir daí as suspeitas de fraude ganharam força e a investigação identificou os “laranjas” que tocavam a operação criminosa.
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Ao todo, foram apontada mais de 60 transações entre a empresa de Cariani e os traficantes que compravam os insumos. As defesas dos empresários ainda não se pronunciaram publicamente.