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Cariani, indiciado por tráfico, vence prêmio Ibest e negocia ser garoto-propaganda

Influenciador fitness foi indiciado pela PF pelos crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

Renato Cariani com Jair Bolsonaro.Créditos: Reprodução/Youtube
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O influenciador fitness Renato Cariani, conforme divulgado nesta terça-feira (30), nesta Fórum, foi indiciado com mais dois amigos pela Polícia Federal (PF) pelos crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

A PF não pediu a prisão dos acusados. A conclusão da investigação foi encaminhada para o Ministério Público Federal (MPF), que pode ou não denunciar o grupo pelos crimes.

O indiciamento, no entanto, não mudou em nada a rotina e a vida de Cariani. Sobre o fato, ele comentou que isso "Não vai tirar a minha alegria". Na mesma noite, ele recebeu o prêmio Ibest pela segunda vez. Ele compareceu na cerimônia ao lado da esposa Tatiane.

Como se ainda fosse pouco, a coluna de Lauro Jardim, no Globo, informou que a Growth, uma das mais conhecidas marcas do mercado de suplementos, negocia com Renato Cariani para ser garoto-propaganda de seus produtos.

As acusações

Além de Renato Cariani, foram indiciados Fabio Spinola Mota e Roseli Dorth, que são acusados de usar uma empresa química para falsificar notas fiscais de vendas de produtos químicos para multinacionais farmacêuticas. No entanto, segundo a investigação da PF, os insumos não iam para as tais farmacêuticas, mas sim eram desviados para o narcotráfico, visando a produção de cocaína e crack.

De acordo com as investigações da PF, a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) era abastecida com os produtos químicos desviados pelo grupo indiciado.

Relembre o caso 

Químico de formação e sócio da Anidrol, os produtos das empresas de Cariani parecem ser famosos na praça. Tanto no mercado legal, como aparentemente também no ilegal. Para provar as acusações de envolvimento com o PCC, a Polícia Civil divulgou para a imprensa que constatou apreensões de produtos químicos da empresa em mais de uma dúzia de ocorrências.

De acordo com o inquérito policial foram várias as delegacias de polícia de São Paulo que apreenderam produtos químicos da Andriol.

O Fantástico, da TV Globo, obteve uma série de fotos coletadas pela Polícia Federal que mostram um traficante preso desde 2016 indo à Anidrol para retirar produtos químicos que seriam usados para a produção de crack e cocaína pelo PCC.

O traficante fotografado na sede da Anidrol foi preso em 2016 e seu depoimento teve grande importância para a investigação. Foi justamente através dele que o esquema de notas falsas foi revelado pela primeira vez. O homem também deu detalhes de como era sua atuação junto à empresa.

“A Anidrol [me entregava esses produtos], o laboratório. A empresa tinha um tempo de embalar, de preparar”, disse o homem à Justiça ainda em 2016, logo que foi preso, em trecho mostrado pela TV Globo.