O delegado federal e deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro, foi convocado para prestar depoimento na Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (5).
A oitiva ocorre no âmbito do inquérito que apura uma suposta articulação, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com integrantes das Forças Armadas para impedir a posse do presidente Lula em 2023.
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Além deste caso, Ramagem é investigado em outro inquérito que analisa o uso de um software ilegal para monitorar adversários políticos durante o governo Bolsonaro. A PF já se encontra na fase final da investigação, com previsão de conclusão nos próximos dias, e há possibilidade de que ex-ministros e o próprio Bolsonaro sejam indiciados.
Ramagem, que concorreu à prefeitura do Rio de Janeiro e foi derrotado por Eduardo Paes (PSD), agora enfrenta o escrutínio sobre seu papel em uma alegada tentativa de interferir na transição presidencial, evidenciando os desdobramentos das investigações sobre a crise política recente no país.
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Peixes graúdos na mira da PF
Neste mês de novembro está previsto o fim das investigações da PF que deve indiciar Bolsonaro e generais de seu ex-governo que integraram a Organização Criminosa, segundo os investigadores, que tentou um golpe de Estado após a derrota para Lula nas eleições de 2022.
Entre os integrantes da caserna, três nomes já são dados como certo como companhia do ex-presidente nos indiciamentos: os generais Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice; Paulo Sergio Nogueira, titular da Defesa e ex-comandante do Exército; e Augusto Heleno, que esteve à frente do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nos quatro anos em que o capitão esteve no Planalto.
Desses três, apenas Augusto Heleno tem mobilizado a cúpula das Forças Armadas para enviar mensageiros à sede da Polícia Federal para tentar convencer os investigadores a o deixarem de fora dos indiciamentos. As investidas, no entanto, não tiveram sucesso até o momento dadas as inúmeras provas e o envolvimento fisiológico do general da reserva com Bolsonaro e com a tentativa de golpe.
Com informações do Metrópoles