O ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), coronel da reserva da Polícia Militar (PM), e, atualmente, deputado federal, Coronel Telhada (PP), assumiu em entrevista ao Metrópoles que já fez bico de segurança. Não só isso, como assumiu também que á foi preso pela prática.
Ele trabalhou durante 15 anos como segurança privado do apresentador Gugu Liberato, com quem acabou mantendo uma relação de confiança e amizade. O assunto surgiu por conta do assassinato do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Vinícius Gritzbach, que foi fuzilado há cerca de duas semanas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
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Gritzbach abriu mão de seguranças do Ministério Público, a que tinha direito e era acompanhado por quatro policiais militares. A pratica do bico como segurança por parte de PMs é proibida pela corporação. Até 2021 era considerada falta leve, mas a partir de então, com a mudança do regulamento passou a ser falta grave.
“Todos nós que fazemos ou fizemos bico, sabemos que é público e notório que é proibido”, afirmou ele.
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Telhada disse também que “mil vezes o homem fazer uma segurança, um trabalho na hora de folga, do que ficar bebendo, tomando cachaça em boteco, arrumando problema, arrumando briga. Prefiro o homem trabalhando do que o homem criando problema”.
Crime grave
Já sobre os PMs que faziam segurança para Gritzbach, Telhada muda sua opinião:
“Você fazer bico é irregular, é punição disciplinar, você vai ficar preso na polícia. Agora, você trabalhar com uma pessoa envolvida com o crime, trabalhar com uma pessoa que tem ligações com o crime, que é criminoso, não sei se é o caso desse rapaz [Gritzbach], não posso dizer isso, mas em outros casos aí, aí, sim, você não comete só uma infração disciplinar. Você comete um crime também e vai responder por esse crime. É grave, gravíssimo isso”, afirma.
E completou:
“Aí, está pedindo para tomar paulada, né? Vai escolar joia? Vai escoltar contrabando? Tá pedindo para ser incriminado e responder junto. Mesmo o bico, apesar de ser uma infração disciplinar, ele não pode ser com cometimento de crime. Ele não pode ser junto com criminosos. Aí, você se nivela no mesmo patamar e vai responder por isso.”