O delator Vinicius Gritzbach, executado no Aeroporto de Guarulhos nesta sexta-feira (8), levava uma mala com mais R$ 1 milhão de joias. Os objetos, cerca de 38 unidades, foram recebidos durante sua viagem a Maceió (AL).
As informações foram reveladas em um boletim de ocorrência ao qual o G1 teve acesso. Entre os itens, foram encontrados 11 anéis prateados com pedras rosadas e esverdeadas; seis pulseiras esverdeadas e douradas; dois colares prateados em forma de pingo e com pingentes; e nove pares de brincos com pedras verdes, azuis e prateadas. As joias tinham certificado de joalherias de luxo como Bulgari, Cristovam Joalheria, Vivara e Cartier.
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Além das joias, também foram encontrados R$ 620 em dinheiro vivo, um relógio da marca Rolex e um celular e um computador da Apple. Ao todo, o valor dos itens ultrapassa R$ 1 milhão. O material está sob posse do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Até o momento, a hipótese sobre o motivo para a execução do empresário não está relacionada com as joias, e o crime vem sendo tratado como queima de arquivo. Antes de ser assassinado, Gritzbach havia se tornado delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) em um acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP). O empresário era jurado de morte pela facção criminosa e suspeito pela morte de dois integrantes em 2021.
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Além da Polícia Civil de Alagoas, a Polícia Federal (PF) entrou na investigação do caso neste sábado (9) devido à função de polícia aeroportuária da instituição.
Autores seguem foragidos
O empresário foi executado com 10 tiros enquanto deixava o Terminal 2 por dois homens que desceram de um carro preto. Até o momento, os autores do crime seguem foragidos.
Segundo fontes do Ministério da Justiça e do governo, houve contato informal com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para iniciar o compartilhamento de informações, dado o histórico de cooperação entre as instituições no combate ao crime organizado.
Além disso, uma força-tarefa de promotores de São Paulo deve solicitar ao procurador-geral de Justiça do estado uma designação para acompanhar a investigação conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e buscará autorização judicial para o compartilhamento de provas com a direção do DHPP.
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