A Justiça da Argentina, a pedido do Brasil, determinou nesta sexta-feira (15) a prisão de 61 brasileiros que participaram da tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2023 e que estavam foragidos no país.
De acordo com o jornal Clarín, os mandados de prisão foram emitidos pelo juiz Daniel Refecas a pedido do Superior Tribunal de Justiça.
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Com os pedidos de prisão expedidos, os golpistas brasileiros podem ser presos por qualquer autoridade da Argentina.
Segundo o Clarín, um dos presos é Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, que é considerado foragido pela Justiça brasileira desde abril de 2024, quando o sinal de sua tornozeleira deixou de emitir sinal. O homem foi preso em flagrante no dia 8 de janeiro, mas estava em liberdade cumprindo medidas cautelares.
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O outro brasileiro preso, segundo a polícia argentina, é Joelton Gusmão de Oliveira, que foi condenado em 2024 a 17 anos de prisão por abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Ele foi preso na cidade de La Plata.
Ao todo, foram expedidos mandados de prisão contra 61 golpistas que estão foragidos na Argentina.
Em junho, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro recebeu uma lista com mais de 180 nomes de foragidos na Argentina e também no Paraguai e Uruguai.
A Polícia Federal e as autoridades argentinas trabalham juntas para localizar os golpistas foragidos. Em junho deste ano, o porta-voz do governo de Javier Milei, Manuel Adorni, declarou que não havia "pactos de impunidade" e que o país iria respeitar as decisões do Judiciário brasileiro.
Extradição
Após a localização e prisão dos golpistas refugiados por qualquer unidade policial do país vizinho, a Justiça da Argentina irá ouvir os acusados e depois iniciar o processo de extradição.
Em entrevista à GloboNews, o juiz responsável pelas ordens de prisão, Daniel Eduardo Refecas, declarou que os 61 brasileiros serão submetidos a julgamentos de extradição na Justiça da Argentina.