FEMINICÍDIO

Universitário que matou a mãe tem dívida de crédito estudantil de R$ 347 mil

Estudante do último ano de Medicina de 32 anos jogou o carro contra a bicicleta elétrica em que a mãe estava

Ó universitário Carlos Eduardo e sua mãe.Créditos: Redes Sociais
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O estudante de Medicina, Carlos Eduardo Tavares de Aquino Cardoso, de 32 anos, preso acusado de atropelar e matar propositalmente a própria mãe, Eliana de Lima Tavares Cardoso, de 59 anos, tinha uma dívida de crédito estudantil no valor de R$ 347 mil.

O crime ocorreu no dia 28 de outubro, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Segundo a polícia, Eliana, que já vinha sofrendo agressões do filho, trafegava em uma bicicleta elétrica quando foi atingida propositalmente pelo carro que o filho dirigia.

Carlos Eduardo cursava o último ano na Faculdade de Medicina de Campos dos Goytacazes (FMC). Uma instituição financeira entrou na Justiça em julho de 2024, para conseguir o pagamento de um valor solicitado pelo estudante Carlos Eduardo, pela mãe e pelo pai dele.

Segundo o processo, a família deu como garantia de pagamento um imóvel no subdistrito de Guarus, em Campos.

Uma comissão disciplinar da faculdade definirá qual punição será dada ao estudante. O regime da instituição prevê 30 dias para o andamento da avaliação, que começou a contar no dia 30 de outubro.

Denúncia

Carlos Eduardo foi denunciado na última quarta-feira (6), pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (PMRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça junto à 1ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes, por feminicídio, cinco lesões corporais culposas contra os feridos que estavam em um carro que foi atingido, segundo a Polícia Civil, quando Carlos tentava fugir do local do atropelamento; e por dirigir sob efeito de entorpecente.

A denúncia aponta ainda que havia um longo contexto de violência doméstica cometida por Carlos Eduardo contra a própria mãe, sobretudo em razão do denunciado ser usuário de drogas. Há um vídeo que mostra a mãe sofrendo agressões dentro de casa. As imagens são fortes.

Carlos Eduardo está em um presídio de Itaperuna, no Noroeste do Rio. Sua defesa não se manifestou.

Com informações do g1