Anna Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, morta pelo pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta, Anna Carolina Jatobá, em março de 2008, em um crime que chocou o país, reagiu mal quando soube que Suzane Von Richthofen, condenada por matar os pais em outubro de 2002, pretende homenagear sua filha.
Richthofen está gravida de três meses de uma menina e o pai da criança é um médico de 40 anos. Ela resolveu batizar a filha com o nome de Isabela, para homenagear a menina arremessada pelo pai e pela madrasta do sexto andar de um prédio, na zona norte de São Paulo.
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Suzane e Anna Carolina Jatobá dividiram a mesma cela na Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé (SP). “Ela é amiga da Anna Carolina Jatobá…o núcleo familiar e círculo de amizade da Suzane é tudo assim, tudo criminoso”, disse Ulisses Campbell, biógrafo de Richthofen.
Ao saber disso, durante uma entrevista, Anna Carolina Jatobá se revoltou:
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“Primeiro que a minha filha não precisa da sua homenagem. Vamos começar por aí. Ela precisa de homenagem minha. De homenagem boa, de pessoas que têm referência, não você”, afirmou. “Você tem o direito de colocar o nome da sua filha de Isabela, que essa criança seja muito bem cuidada, coisa que você não conseguiu fazer com seus pais, que ela tenha uma boa referência, apesar dela carregar o fardo de ser filha de uma pessoa que cometeu um crime como você. Acho que você tem os seus direitos, como eu tenho os meus, mas por favor, se a sua opinião for homenagear a minha filha, esquece, saí dessa”, encerrou.
Veja o vídeo abaixo:
Biógrafo nega homenagem
O biógrafo de Suzanne, Ullisses Campbell, no entanto, negou a existência de qualquer relação entre a escolha do nome da criança com o caso Nardoni.
Campbell, que é autor da biografia “Suzane: Assassina e Manipuladora”, falou sobre o assunto ao Grupo Liberal: "Eu não tenho essa informação. O registro que a Suzane escolheu esse nome é de 2017. Não dá pra associar. (...) Eu não disse isso, pelo contrário. (...) Eu não tenho essa informação como biógrafo".
Isso porque, na primeira versão do livro, o biógrafo relatou, em 2017, que Suzane dizia que, se tivesse filhos, um menino se chamaria Benjamin e uma menina se chamaria Isabela. Vale ressaltar que Suzane e Ana Carolina Jatobá, que foi condenada no caso Nardoni junto o marido e pai da menina, conheceram-se no presídio de Tremembé.