O senador Renan Calheiros (MDB-AL), que foi relator da CPI do Genocídio, usou as redes sociais nesta sexta-feira (18) para criticar a posição do presidente Jair Bolsonaro (PL) diante do aumento do preço dos combustíveis. O parlamentar apontou que Bolsonaro é diretamente responsável pela política de preços da gasolina e outros derivados do petróleo e comparou o presidente a Suzane Von Richthofen.
"Bolsonaro e Artur Lira inflamados com o preço dos combustíveis é o mesmo que Suzanne Richthofen reclamar da orfandade", disparou Calheiros. Suzane Von Richthofen foi condenada a 39 anos e 6 meses de prisão por ter sido a mandante do assassinato dos próprios pais.
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"Não aceitam mudar a política de preços da Petrobras, querem enfraquecer Estados e Municípios e seguir distribuindo lucros da agiotagem para acionistas do exterior", completou.
Nos últimos dias, Bolsonaro tem criticado o aumento de preços dos combustíveis, mas não se movimenta para promover uma mudança efetiva na política de preços dolarizada adotada pela Petrobras. A política de preço de paridade de importação (PPI), que vem desde o governo Michel Temer (MDB), é a principal responsável pelo aumento estrondoso dos combustíveis no último período. Entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2022, a gasolina, o diesel e o gás de cozinha aumentaram em um percentual equivalente a cinco vezes a inflação, segundo dados do Diesse.
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O Senado Federal chegou a aprovar um projeto de lei relatado pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN) que estabelece a criação de um programa da estabilização do preço do petróleo e de derivados no Brasil. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), representante do clã presidencial no Senado, votou contra a proposta.
No projeto aprovado no Senado fica estabelecida a criação da Conta de Estabilização de Preços de Combustíveis (CEP-Combustíveis). A proposta tem como finalidade reduzir o impacto da volatilidade dos preços de derivados de petróleo e de gás natural para o consumidor final, barateando os preços de combustíveis e do gás de cozinha em todo território nacional. Esse programa utilizará o sistema de bandas - uma espécie de “poupança” - como ferramenta de estabilização de preços.