HOMOFOBIA

Quem é o homem que agrediu Victor Meyniel

Yuri de Moura Alexandre foi preso e vai responder por lesão corporal e injúrias homofóbicas

Victor Meyniel.Créditos: Reprodução
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Yuri de Moura Alexandre, de 28 anos, foi preso em flagrante após agredir o ator Victor Meyniel, no último sábado (2), no Rio de Janeiro. A vítima relata que o ataque ocorreu por homofobia. O agressor vai responder por lesão corporal e por injúrias homofóbicas.

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De acordo com a delegada Débora Rodrigues, da 12ª Delegacia de Polícia, Yuri afirmou que “bateu mesmo, não se arrependia e se achava no direito, que ele era médico e militar da aeronáutica”. Porém, segundo a delegada “ele parece ser residente, ele não é médico ainda". A polícia também não confirmou se ele seria do hospital da aeronáutica, mas afirma que apurou seus registros e o homem não é militar.

Os investigadores também revelaram que Yuri já tem uma passagem pela polícia também pelo crime de injúria. Débora vai pedir para que a prisão em flagrante seja convertida em preventiva, o que o obrigará a permanecer preso enquanto responde à Justiça.

Ao ser procurado pela polícia, Yuri alegou que “teria conhecido Victor em uma ‘baladinha’ e esse teria desrespeitado sua esposa, e por essa razão o agrediu”.

Entenda o caso

Yuri e Victor se conheceram em uma boate em Copacabana, bairro do Rio, e depois seguiram para o apartamento de Yuri, onde trocaram beijos e conversaram, de acordo com a defesa da vítima. O agressor começou a ficar violento após uma mulher, que alega ser sua esposa, chegar ao local. Nesse momento, ele expulsou Meyniel da casa. 

Na portaria do prédio, Victor questionou a atitude violenta de Yuri. “Ele ficou maluco quando eu falei, na frente do porteiro: por que você está me enxotando, se a gente estava ficando, com beijos, com carinho?’ Aí ele olhou para o porteiro, o porteiro olhou para ele, e ele começou a bater”, relata Victor ao afirmar que o crime ocorreu por homofobia.

A partir dali, Yuri começa a dar socos em Victor, e depois sai do local, deixando o ator no chão. O porteiro permaneceu sentado assistindo à cena, e vai responder por omissão de socorro.

Victor prestou queixa na 12ª Delegacia de Polícia e passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).

"A gente precisa se conscientizar que agora homofobia é crime, homofobia, qualquer ato violento contra raça, gênero, sexualidade é crime. E as pessoas respondem por isso", diz Victor.