Uma pesquisa do Datafolha revelou que mais da metade dos brasileiros aceitaria a recomendação médica para usar substâncias psicodélicas: 52% da população estaria disposto a se tratar com LSD ou Ayahuasca, por exemplo. As respostas indicam que grupos conservadores tendem a não usar as drogas.
Os resultados encontrados com a pesquisa do Datafolha, 43% não aceitariam o tratamento com substâncias psicodélicas, 36% seriam favoráveis "com certeza" e outros 16% responderam que aceitariam caso a recomendação viesse de um médico de confiança. O restante, cinco pontos percentuais, não opinaram.
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Como foi feita a pesquisa?
O Datafolha recolheu respostas de 2.016 entrevistados com idade a partir de 16 anos. A pesquisa foi coletada em 139 municípios das cinco regiões do país, entre os dias 12 e 13 de setembro de 2023. De acordo com o Grupo Globo, a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Os dados da pesquisa
A pesquisa revelou que os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições Bolsonaro estariam entre o grupo menos disposto a utilizar substâncias psicoativas como forma de tratamento médico: apenas 28% dos entrevistados aceitariam.
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Em contraste, 45% dos entrevistados votantes em Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República eleito no último pleito presidencial, afirmaram que fariam o tratamento com os psicodélicos.
Outros grupos se manifestaram sobre a questão: 37% dos católicos são favoráveis ao uso e 27% dos evangélicos responderam o mesmo.
As substâncias psicodélicas
As substâncias psicodélicas são compostos naturais ou sintéticos que alteram os sentidos de forma significativa e alteram o estado de consciência, por isso denominados drogas alucinógenas. Além dos sentidos, os psicodélicos afetam a percepção, cognição e emoção
Entre as drogas mais conhecidas pelo efeito psicodélico, estão o LSD (ácido lisérgico), MDMA (conhecido como ecstasy), psilocibina e ayahuasca – substância usada no tratamento contra a depressão.
O Datafolha ainda questionou os brasileiros sobre:
- Uso de psicodélicos como medicamento: 43% foram favoráveis e 46% contra, além de 2% indiferentes e 10% sem opinião;
- Uso ritualístico de psicodélicos: 25% foram favoráveis e 62% contra e o restante não manifestou preferências;
- Legalização completa do uso de psicodélicos: 11% foram favoráveis e 80% contra.