ZERO-QUATRO

Quantos CPFs tem o amigo de Jair Renan preso em operação da PCDF

Principal alvo da Operação Succedere, o advogado, ex-pastor e influenciador digital Maciel Carvalho é suspeito de tráfico de armas

Maciel Carvalho e Jair Renan Bolsonaro.Créditos: Reprodução /Redes Sociais
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Na manhã desta quinta-feira (24) o filho ‘zero-quatro’ de Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan, foi alvo da Operação Succedere, da Polícia Civil do Distrito Federal, que cumpriu ordem de busca e apreensão em sua residência, que fica em Santa Catarina. Além dele, o influenciador digital Maciel Carvalho, suspeito de tráfico de armas, foi o principal alvo da operação e acabou preso.

Advogado e ex-pastor, além de empresário e instrutor de tiro de Jair Renan Bolsonaro - que também entrou na mira da polícia -, Carvalho foi preso em janeiro na primeira fase da operação (Falso Coach) em Águas Claras, no Distrito Federal, suspeito de usar documentos falsos para comprar um arsenal.

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E foi justamente na análise desses documentos, que apresentaram variações no nome completo e na data de nascimento, que a polícia encontrou um detalhe bastante curioso sobre Maciel Carvalho: ele chegou a ter 10 CPFs diferentes e tentou emitir um segundo RG em seu nome.

“Desde o ano de 2016, Maciel Alves de Carvalho vem utilizando documentos falsos (RG e CPF) em diversos órgãos do Distrito Federal e do restante do país, inclusive junto à Polícia Civil do DF, cartórios, Detran, dentro outros, a fim de ocultar seus extensos antecedentes criminais e passar falsa credibilidade à sociedade, para possuir, portar e comercializar arma de fogo via redes sociais e loja física (em nome de pessoa interposta), além de promover cursos e treinamentos com armas variadas”, diz um trecho do inquérito.

A lei brasileira proíbe o uso de mais de um CPF por pessoa. Quando um segundo número é identificado, logo é cancelado.

Succedere

A operação Succedere, desencadeada nesta quinta-feira, é um desdobramento da Falso Coach e trouxe mais detalhes da atuação de Carvalho.

Conforme informações do G1, o grupo utilizava uma identidade falsa de Antônino Amâncio Alves Mandarri, para abrir contas bancárias. Além disso, os investigados são suspeitos de terem forjado registros de faturamento e outros documentos das empresas sob investigação, e teriam usado dados de contadores sem o consentimento destes.

A investigação é conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil.