Integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), entre eles o ex-deputado estadual Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei e que foi cassado após sugerir turismo sexual na Ucrânia, retornaram à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), nesta segunda-feira (17), na tentativa de provocar estudantes, dias após um dos membros do grupo relatar ter sido agredido pelos alunos da instituição.
Na quinta-feira (13), último dia de aulas na UFSC antes do recesso, membros do MBL invadiram a instituição para promover, segundo eles mesmos, uma ação de "fiscalização", que consistiria em apagar pichações de um prédio do campus Florianópolis que está temporariamente desativado.
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Após a suposta "fiscalização", um dos integrantes do grupo, o influenciador João Bettega, apareceu ensanguentado em um vídeo divulgado nas redes sociais afirmando que foi agredido por estudantes e que sofreu uma "tentativa de homicídio". Outro membro do MBL que participou da invasão, Matheus Faustino também disse que foi agredido e afirmou ainda que quase levou uma "facada" no pescoço, sendo que vídeo da confusão mostra que a suposta faca, na verdade, era um régua de plástico.
Não satisfeitos, os integrantes do MBL resolveram retornar à UFSC nesta segunda-feira para provocar os estudantes, mas acabaram passando vergonha. Arthur do Val publicou uma foto em frente a uma pichação crítica ao seu grupo em uma parede da universidade e ironizou dizendo que "que a revolução não começa antes do meio dia", sugerindo que, pelo fato da instituição estar vazia, os estudantes estariam dormindo.
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Acontece que Arthur do Val "se esqueceu" de um detalhe: não havia estudantes no local pois a UFSC entrou em recesso na última sexta-feira (14). Usuários das redes sociais, então, passaram a ridicularizar o ex-deputado e MBL.
Confira
O que diz a UFSC
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgou nota, no final da tarde de quinta-feira (13), sobre o episódio de agressão registrado nas dependências das instituição.
A direção da universidade informou que "repudia qualquer ato de violência" em suas dependências, mas ressaltou que "houve acesso e intervenções não autorizadas pela Instituição no prédio do Centro de Convivência, edificação que está parcialmente inoperante e que tem áreas sem condições de uso".
A universidade ainda chamou a ação do MBL de invasão, condenando o ato do grupo com "atitudes que claramente expressam o desconhecimento da realidade institucional, maculando a imagem da UFSC".
Veja a íntegra do comunicado
"A respeito do incidente ocorrido no Campus de Florianópolis da UFSC nesta quinta-feira, 13 de julho, em que um jovem alega ter sido agredido, a Universidade se manifesta repudiando qualquer ato de violência em suas dependências, contra qualquer pessoa.
Ao mesmo tempo informa que a sua Secretaria de Segurança Institucional, através dos seus servidores, se colocou à disposição dos envolvidos no episódio. A UFSC está tomando ciência de todo o acontecido para avaliar medidas cabíveis ao caso.
Inicialmente, sabe-se que houve acesso e intervenções não autorizadas pela Instituição no prédio do Centro de Convivência, edificação que está parcialmente inoperante e que tem áreas sem condições de uso.
A situação atual do prédio é reflexo da falta de repasse de verbas nos últimos anos. No entanto, a UFSC informa que já reservou recursos do orçamento de 2023 para iniciar a reforma da edificação.
Cabe destacar que a Universidade condena a ação de grupos organizados, externos à instituição, que promovem invasões a espaços educacionais e atitudes que claramente expressam o desconhecimento da realidade institucional, maculando a imagem da UFSC"