A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgou nota, no final da tarde desta quinta-feira (13), sobre o episódio de agressão registrado nas dependências das instituição. Mais cedo, influenciador de direita João Bettega, membro do Movimento Brasil Livre (MBL), o grupo de extrema direita que reúne nomes como os de Kim Kataguiri, Arthur "Mamãe Falei" e Renan Santos, afirmou que teria sido agredido por estudantes
Bettega e outros integrantes do MBL forram à instituição, segundo eles mesmos, para fazer uma ação de "fiscalização", que consistiria em apagar pichações em paredes do prédio da universidade. A UFSC, entretanto, contesta o caráter do tal ato.
Em vídeo divulgado através das redes sociais, João Bettega alega que sofreu uma "tentativa de homicídio" e diz que seus agressores são "esquerdistas".
"Acabei de sofre uma tentativa de homicídio na UFSC, entrei lá para fazer uma fiscalização e 5 pessoas me encurralaram e me arrebentaram na porrada. Estou bem machucado, eu quase morri. Graças a Deus acabei sobrevivendo", declarou.
Invasão
Em nota após o ocorrido, a direção da UFSC informou que "repudia qualquer ato de violência" em suas dependências, mas ressaltou que "houve acesso e intervenções não autorizadas pela Instituição no prédio do Centro de Convivência, edificação que está parcialmente inoperante e que tem áreas sem condições de uso".
A universidade ainda chamou a ação do MBL de invasão, condenando o ato do grupo com "atitudes que claramente expressam o desconhecimento da realidade institucional, maculando a imagem da UFSC".
Veja a íntegra do comunicado
"A respeito do incidente ocorrido no Campus de Florianópolis da UFSC nesta quinta-feira, 13 de julho, em que um jovem alega ter sido agredido, a Universidade se manifesta repudiando qualquer ato de violência em suas dependências, contra qualquer pessoa.
Ao mesmo tempo informa que a sua Secretaria de Segurança Institucional, através dos seus servidores, se colocou à disposição dos envolvidos no episódio. A UFSC está tomando ciência de todo o acontecido para avaliar medidas cabíveis ao caso.
Inicialmente, sabe-se que houve acesso e intervenções não autorizadas pela Instituição no prédio do Centro de Convivência, edificação que está parcialmente inoperante e que tem áreas sem condições de uso.
A situação atual do prédio é reflexo da falta de repasse de verbas nos últimos anos. No entanto, a UFSC informa que já reservou recursos do orçamento de 2023 para iniciar a reforma da edificação.
Cabe destacar que a Universidade condena a ação de grupos organizados, externos à instituição, que promovem invasões a espaços educacionais e atitudes que claramente expressam o desconhecimento da realidade institucional, maculando a imagem da UFSC"