ARMA BRANCA DE PLÁSTICO?

VÍDEO: "Faca" usada na UFSC contra membro do MBL seria, na verdade, uma régua

Grupo de extrema direita invadiu universidade alegando que faria "fiscalização" e influenciador acabou sendo agredido por estudantes

Vídeo mostra que suposta faca usada contra membro do MBL na UFSC seria, na verdade, uma régua.Créditos: Reprodução
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Matheus Faustino, um dos membros do Movimento Brasil Livre (MBL) que participou da invasão ao campus de Florianópolis da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na última quinta-feira (13) e que alega ter sido agredido por estudantes, divulgou um vídeo em suas redes sociais em que afirma quase ter levado uma "facada no pescoço"

"Esquerdistas armaram uma emboscada na UFSC. Quase levei uma facada no pescoço", escreveu Faustino junto a um vídeo que mostra a confusão com os estudantes. 

Veja

O vídeo teve sua velocidade reduzida e, no momento em que o objeto supostamente utilizado para atacá-lo aparece, surge a palavra "faca"

Acontece que a própria imagem sugere que a tal faca, na verdade, seja uma régua de plástico, conforme inúmeros internautas vêm apontando nas redes sociais. 

Confira

Entenda o caso

O influenciador de direita João Bettega, membro do Movimento Brasil Livre (MBL), o grupo que reúne nomes como os de Kim Kataguiri, Arthur "Mamãe Falei" e Renan Santos, afirmou que foi agredido por estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) nesta quinta-feira (13). 

Bettega e outros integrantes do MBL forram à instituição, segundo eles mesmos, para fazer uma ação de "fiscalização", que consistia em apagar pichações em paredes do prédio da universidade. 

Em vídeo divulgado através das redes sociais, João Bettega alega que sofreu uma "tentativa de homicídio" e diz que seus agressores são "esquerdistas". 

"Acabei de sofre uma tentativa de homicídio na UFSC, entrei lá para fazer uma fiscalização e 5 pessoas me encurralaram e me arrebentaram na porrada. Estou bem machucado, eu quase morri. Graças a Deus acabei sobrevivendo", declarou. 

Em nota após o ocorrido, a direção da UFSC informou que "repudia qualquer ato de violência" em suas dependências, mas ressaltou que "houve acesso e intervenções não autorizadas pela Instituição no prédio do Centro de Convivência, edificação que está parcialmente inoperante e que tem áreas sem condições de uso". 

"Cabe destacar que a Universidade condena a ação de grupos organizados, externos à instituição, que promovem invasões a espaços educacionais e atitudes que claramente expressam o desconhecimento da realidade institucional, maculando a imagem da UFSC", diz ainda o comunicado da universidade.