O Instituto-Geral de Perícias (IGP) realizou uma inspeção em amostras do molho de tomate de uma marca popular e detectou a presença de fungos e ovos de parasita. O caso foi registrado em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS).
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul intimou a Fugini, que já teve problemas semelhantes. Em março de 2023, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegou a proibir a fabricação, comercialização e distribuição de produtos da marca. Porém, a decisão foi suspensa em abril.
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A Fugini também é investigada por suspeita de crime contra as relações de consumo pela Polícia Civil.
A empresa divulgou que “não teve acesso a qualquer laudo relacionado ao procedimento noticiado”, de acordo com o G1.
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O inquérito da Polícia Civil a respeito do caso deve ser concluído ainda em maio. A delegada Jeiselaure de Souza afirmou que os responsáveis pela empresa devem ser convocados para depor em breve.
“O resultado comprova que esses molhos estavam efetivamente contaminados por fungos e ovos de parasita e, neste sentido, a resposta do IGP é de que os alimentos contaminados não são adequados [para o consumo humano], porque podem estar associados a bactérias e produzir toxinas que são prejudiciais à saúde”, relatou a delegada.
Ela ressaltou, ainda, que foram analisadas três amostras do molho de tomate. Cada uma de mercados, lotes e apresentações diferentes. “Todas elas têm a mesma análise para fungos e ovos de parasita”, acrescentou.
Confira a íntegra da nota da Fugini
"A respeito de informações veiculadas recentemente na imprensa e nas redes sociais, a Fugini Alimentos, empresa referência no setor, com 27 anos de atuação no mercado, esclarece que:
1. No âmbito de sua política de sustentabilidade, saudabilidade e rótulos limpos (clean label), a marca deixou de usar conservantes artificiais como, por exemplo, o sorbato de potássio, e reduziu o uso de alguns ingredientes naturais, como açúcar, sal e gordura, que estão sendo eliminados ou restringidos em seus produtos.
2. Essa transição para produtos mais naturais, associada à falta de conhecimento técnico da população sobre o assunto, têm provocado rumores infundados entre consumidores e a opinião pública.
3. O processo de produção, enchimento e fechamento da embalagem sachê é totalmente automatizado. Mesmo com um índice de ocorrências extremamente baixo (0,000003% ou 3 casos por milhão) do total produzido e comercializado, o transporte e/ou o manuseio incorretos das embalagens pode danificá-las de forma imperceptível a olho nu (com o surgimento de micro-furos), o que eventualmente pode fazer com que o produto entre em contato com micro-organismos potencialmente causadores de bolor.
4. Isso não significa, de forma alguma, que o produto tenha um problema de qualidade, mas sim que ele está passando por um processo de oxidação ou decomposição natural, assim como pode acontecer com as frutas, o ovo ou o pão, por exemplo. Esse fato também pode ocorrer pelo armazenamento por período incorreto na geladeira (após a abertura da embalagem, o consumo deve ser realizado em até um dia).
5. Em relação às informações que vêm sendo veiculadas pela imprensa desde o dia 17 de maio, que fazem referência a uma perícia do Instituto-Geral de Perícias (IGP) em um de seus produtos, a Fugini informa que não teve acesso a qualquer laudo relacionado ao procedimento noticiado.
Por fim, a Fugini reforça que seus canais de atendimento estão sempre abertos para esclarecer quaisquer dúvidas. Nosso SAC (0800 702 4337 ou sac@fugini.com.br) está disponível, de segunda a sexta-feira das 08h00 às 17h00.
A Fugini usufrui do conhecimento adquirido ao longo da história, ao mesmo tempo que é incansável na busca por inovação. Estamos certos de que a tecnologia de ponta (pasteurização, automatização e gestão de qualidade) utilizada nos processos de fabricação e envase garante a saudabilidade e qualidade de todos os nossos produtos.
Seguiremos trabalhando de forma contínua para manter a sociedade informada sobre os pilares fundamentais que sustentam a idoneidade e o compromisso da marca com seus milhões de consumidores".
Anvisa já proibiu fabricação, comercialização e distribuição de produtos da marca
Em março, foram constatadas falhas graves de boas práticas de fabricação relacionadas à higiene, controle de qualidade e segurança das matérias-primas, controle de pragas, rastreabilidade, entre outros. Por conta disso, a Anvisa havia suspendido a fabricação, comercialização, distribuição e uso de todos os alimentos da Fugini, sediada em Monte Alto, São Paulo.
A empresa produz molhos de tomate, maionese, mostarda, ketchup, batata palha e conservas vegetais.