Novos vídeos divulgados nas redes sociais mostram a ação dos grupos de autoproclamados "justiceiros", que saíram às ruas na noite da terça-feira (5) e madrugada desta quarta-feira (6) para "caçar" menores infratores que cometem assaltos em Copacabana, bairro de classe média alta na zona sul do Rio de Janeiro.
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Bad-boys e lutadores de jiu-jitsu "caçam" menores infratores em Copacabana
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Em um dos vídeos, um grupo de ao menos 8 bad boys e lutadores de jiu-jitsu espancam um suposto "155" - gíria usada para definir ladrões usando artigo do código penal que classifica o crime. O rapaz é agredido com pedaços de pau, socos, chutes e cabo de vassoura. Em um determinado momento, um dos bad boys pisa no pescoço do suposto assaltante.
Em outro vídeo, publicado nos stories do perfil Copacabana Informa no Instagram - que foi apagado -, um dos agredidos é instado a mandar um recado para outros supostos ladrões: "se catar aqui em Copacabana vai ficar fodido", diz o rapaz.
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou nesta quarta-feira que investiga a ação de grupos de "justiceiros" na zona sul da capital fluminense.
Segundo a polícia, "diligências estão em andamento para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos". A Polícia Militar diz ter ordem de prender em flagrante os envolvidos com crimes e que fará uma reunião com moradores sobre "possíveis ações que fujam da legalidade".
A PM afirmou, ainda, que "vem aplicando esforços para reduzir os índices criminais, incluindo o furto a estabelecimentos comerciais e pessoas". Veja os vídeos (IMAGENS FORTES).
Ação nas ruas
Com pedaços de pau, tacos de beisebol, soco-inglês e sob escolta de homens armados, um grupo de bad-boys e lutadores de jiu-jitsu percorreram as ruas de Copacabana para "caçar" menores infratores que cometem assaltos e pequenos delitos na região de classe média alta na zona sul do Rio de Janeiro.
Uma série de vídeos publicados nas redes sociais mostram a ação dos homens, combinada em grupos de WhatsApp, e percorreram as ruas em bando, todos vestidos de preto.
A ação teria sido organizada após um assalto sofrido pelo empresário Marcelo Rubim Benchimol, que levou chutes e socos até desmaiar na Avenida Nossa Senhora de Copacabana ao tentar defender a personal trainer Natália Silva. O ataque aconteceu no sábado (2).
O portal G1, da TV Globo, teve acesso às trocas de mensagens nos grupo de WhatsApp, em que os autoproclamados "justiceiros" ser organizam em pelotões para "caçar" - como definem - quem promove assaltos na região.
No grupo, os participantes, a maioria moradores de classe média-alta da região, mostram soco-inglês, pedaços de pau, tacos e afirma que haverá "retaguarda de peça", em relação a grupos armados que dariam sustentação à ação.
“Eu vou partir assim, quebrar osso da cara. Deixar eles [SIC] pior do que eles deixaram o coroa”, disse um integrante do grupo União dos Crias mostrando um soco-inglês.
“Tô pensando em levar umas cordas e fita crepe também. Deixar esses vermes pelados na pista, amarrar uns no poste de exemplo e ‘crepar’ outros iguais múmia”, diz um dos participantes.
“É perder muito tempo isso, tem que arrebentar e sair saindo”, responde outro.