Incitado pela política higienista de segurança pública sob o comando de Guilherme Derrite e Tarcísio Gomes de Freitas, um policial militar atirou no rosto de um bebê de 1 ano com uma arma de airsoft - que não faz parte dos equipamentos da corporação - na madrugada desta terça-feira (26) na zona leste de São Paulo.
Sem motivo algum, o PM efetuou o disparo de dentro da viatura que andava lentamente pelas ruas quando um homem passa de motocicleta com a criança.
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A bala de plástico perfurou o rosto da criança, que está internada no Hospital Tide Setubal, em São Miguel Paulista após levar pontos no rosto.
A bala foi retirada em uma cirurgia e encaminhada para a Polícia Técnico-Científica para ser periciada.
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A família registrou boletim de ocorrência e contou que o disparo foi efetuado gratuitamente. Imagens de câmeras de segurança comprovaram que o disparo foi feito pelo PM.
"Não houve ordem de parada, não houve abordagem policial, nenhum tipo de registro, nenhum tipo de comunicação", disse o delegado Gregory Goes Siqueira, titular do 50º DP. "Conduta que julgo não ser adequada. O certo seria dar ciência à autoridade de plantão para que fosse feito o registro e a consequência jurídica dos fatos adequados."
PM que atirou na criança será responsabilizado criminalmente por tentativa de assassinato.
"Adianto que a conduta se amolda ao tipo penal de tentativa de homicídio, no mínimo a título de dolo eventual [quando se assume o risco de matar]", falou Gregory ao portal G1.
O fato de ter usado uma arma que não pertence à PM agrava a situação.
"Não há justificativa para utilizar um instrumento que nem faz parte do acervo que faz parte da atividade policial: o airsoft. O que demonstra a torpeza da conduta", falou o delegado.
O veículo da Polícia Militar que aparece no vídeo já foi identificado pela investigação da Polícia Civil e da Corregedoria.
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