A partir desta quinta-feira (14), uma nova onda de calor está prevista para atingir extensas áreas do país, conforme alerta emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Ao contrário da intensidade registrada em novembro, os meteorologistas indicam que o fenômeno será menos severo, mas ainda assim preocupante, com temperaturas até cinco graus Celsius acima da média esperada para a época.
O termo "onda de calor" é utilizado quando a temperatura permanece cinco graus celsius acima da média por um período entre três e cinco dias, explicam os especialistas. Devido a essas condições, o Inmet emitiu um alerta de "perigo" válido das 12h desta quinta até às 19h do próximo domingo (17), abrangendo 15 estados e o Distrito Federal.
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Os estados mais diretamente afetados incluem Tocantins, Rondônia, Maranhão, Piauí, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal serão totalmente impactados pela onda de calor.
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Temperaturas Extremas e Fatores Atenuantes
Locais como Mato Grosso do Sul, sul e leste do Mato Grosso, sul de Goiás, noroeste de Minas Gerais e oeste da Bahia podem experimentar temperaturas elevadas, atingindo entre 40°C e 42°C nos próximos dias. Regiões como Piauí, Maranhão, leste do Tocantins, sul e leste de Santa Catarina e interior de São Paulo devem enfrentar calor intenso na faixa de 38°C a 40°C.
Apesar das altas temperaturas previstas, os meteorologistas tranquilizam a população, afirmando que esta onda de calor não será tão intensa e generalizada quanto a anterior. Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, ressalta que a proximidade do verão traz mais umidade, o que limita o aumento das temperaturas.
“A onda de calor não vai ser tão intensa e generalizada quanto a última. Com a proximidade do verão, temos mais umidade, que barra as temperaturas, impedindo que subam mais. Se a gente sobreviveu à última, vamos sobreviver a esta, que vai ser menos intensa”, disse o especialista.
Por que a Onda de Calor Será Menos Intensa?
A explicação para a menor intensidade dessa onda de calor reside na transição da primavera para o verão. Em novembro, estávamos no auge da primavera, caracterizada pela estação seca, com pouca chuva e nuvens. Agora, à medida que nos aproximamos do verão, a umidade aumenta, e mais nuvens se formam, impedindo que as temperaturas subam tão drasticamente.
Embora a onda de calor atual não seja indicativa do comportamento geral do verão, os especialistas alertam que o próximo verão será mais quente que o normal devido à influência do El Niño forte. A última vez que o país experimentou um El Niño forte foi há três anos, contrastando com a temporada passada, que foi marcada pelo fenômeno La Niña, responsável por suavizar as temperaturas extremas.