O ministro da Justiça, Flávio Dino, revelou na manhã desta terça-feira (7) que os órgãos de investigação do governo Lula frustraram um possível ataque a uma escola de Santa Catarina.
"Ontem a Operação Escola Segura, do Ministério da Justiça, agiu para evitar um possível ataque em Santa Catarina, com uso de armas brancas", afirmou.
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Segundo o ministro, o atentado tem relação com o ocorrido na Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, no dia 23 de outubro, quando um alunos matou a tiros uma estudante e deixou outras duas feridas.
"O suspeito tinha ligação com o último delito ocorrido em São Paulo, na escola estadual de Sapopemba. A operação foi possível em razão de relatório enviado pelo CIBERLAB do Ministério da Justiça, com informações oriundas de redes sociais", emendou o ministro.
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O Ciberlab é o Laboratório de Operações Cibernéticas da Diretoria de Operações Integradas e Inteligência (Diopi) atua em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos e com a Homeland Security Investigations, um trabalho de inteligência para a geração de dados que possam identificar possíveis ataques em escolas no Brasil.
Sapopemba
O autor do ataque a tiros à Escola Estadual Sapopemba, que está apreendido, tinha publicações de cunho racista e nazistas nas redes sociais, segundo a Polícia Civil.
De acordo com a própria mãe do aluno, de 16 anos, ele tinha gravado e divulgado um vídeo em que aparece com uma suástica desenhada na bochecha. Confrontado, ele disse que não sabia que aquele era um símbolo nazista.
Já na rede social X (antigo Twitter), o adolescente fez um outro post, com ataques racistas a uma mulher que teria criticado seus amigos. "Essa puta preta macaca", disse.
Ainda de acordo com a mãe, o menino costumava postar vídeos na internet com frequência e tinha muitos seguidores. O adolescente chegou até a negociar a gravação de uma música, mas o projeto foi cancelado após a publicação da imagem com o símbolo da suástica.
A apuração policial também constatou que o jovem se automutilou na coxa com um símbolo da suástica. Para os policiais, o objetivo seria ganhar pontos em um grupo que se integrava na internet. A mãe afirmou não ter conhecimento dessa marca, mas o garoto admitiu que se mutilou com uma lâmina de barbear.