VÍDEO: Criança desmaia em briga generalizada em escola militar no Rio de Janeiro

Nesta quarta-feira (22), uma briga generalizada ocorreu em um colégio da Zona Norte do Rio de Janeiro, a Escola Municipal Cívico-Militar Carioca. A instituição, que é responsável por abrigar 560 alunos, atende turmas do 6º ao 9º ano. Dois estudantes começaram a se agredir fisicamente no pátio até um deles desmaiar e nenhum funcionário apareceu para apartar a briga.

As mães dos alunos reclamam dessa ausência dos funcionários. “A direção lá é bem omissa. Eles, inclusive, ameaçaram as crianças que estavam filmando. Disseram que levariam advertência se continuassem a filmar. Então existe uma omissão muito grande por parte da administração da escola", disse uma delas ao g1.

O secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, declarou que uma sindicância foi iniciada para examinar o caso. O diretor da escola renunciou ao cargo, e uma nova equipe de coordenação está programada para assumir a unidade hoje (24). As cenas mostram os dois estudantes envolvidos em uma troca de golpes, resultando na queda de um deles. 

A briga então persiste, e o estudante que está por cima pisa na cabeça do colega que está por baixo, levando-o a desmaio instantaneamente. O vídeo tem a duração de um minuto. Os próprios colegas assumem a responsabilidade de ter retirado o aluno desacordado do pátio e levar para o pronto-socorro.

O jovem foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento do Rocha, onde foi submetido a uma tomografia. Felizmente, nenhum dano à sua saúde foi identificado. A Escola Municipal Cívico-Militar Carioca foi estabelecida em 2020 como parte de um programa do governo federal que preconizava uma "gestão colaborativa" na educação. Embora a direção pedagógica esteja sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação, a gestão conta com o suporte de militares.

A Secretaria emitiu uma nota condenando o ocorrido. "Fiquei absolutamente consternado quando vi essa cena de violência, principalmente por ser em um ambiente escolar e entre crianças. Os dois alunos envolvidos terão atendimento psicológico e seus responsáveis serão convocados”, afirmou ao g1, Renan Ferreirinha. A escola militar em questão foi inaugurada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em agosto de 2020.