Escrito en
POLÍTICA
el
A militarização das escolas já começa a mostrar a sua face. Um grafite com o desenho de Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul e ícone da luta pela igualdade racial, foi apagado da parede que fica no pátio interno do Centro Educacional 1, na Estrutural, no Distrito Federal, uma das escolas que adotarão educação militar em 2019, de acordo com informações de Marília Marques, do G1.
Conforme Estela Accioly, diretora da instituição, Estela Accioly, a medida foi tomada por solicitação da Polícia Militar. A corporação assumiu a gestão da unidade nesta segunda-feira (11), no primeiro dia do ano letivo da rede pública.
“Mudou todo o layout da escola desde que entrou a gestão compartilhada. Nos disseram que a ideia é mostrar para comunidade que também haverá uma mudança ‘de fora para dentro’”, declarou. “Perguntaram se podiam pintar, para deixar no padrão de colégio da PM”, acrescentou.
Inclusão Além do desenho, uma frase de Mandela também foi apagada. Os dizeres sobre educação e mudança foram pintados por um grupo de artistas voluntários do Paranoá, no fim de 2018. “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”, dizia o texto. Já na parte externa da escola, o que era um “mural da inclusão”, se tornou um muro branco. A direção da escola informou que a arte anterior era um conjunto de desenhos de crianças cadeirantes e/ou com algum tipo de deficiência. “Os alunos se identificavam e se sentiam representados”, afirma Estela.Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.