O pedreiro Doriedson de Borba Martins, de 26 anos, encontrou um objeto estranho repleto de larvas dentro de uma embalagem de um popular molho de tomate.
O homem comprou o produto da marca Fugini Alimentos em um supermercado de Miracatu, no Vale do Ribeira (SP), no dia 11 de novembro.
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Doriedson revelou que resolveu usar o molho uma semana depois, no dia 18. O pedreiro pensou em preparar uma refeição para ele e a filha, uma menina de 8 anos.
“No sábado, eu e minha filha comemos macarrão que tinha sido preparado com esse molho”, contou, em entrevista ao jornal A Tribuna, de Santos.
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O pedreiro relatou, ainda, que só percebeu o corpo estranho um dia depois, no domingo (19), quando utilizou o que havia sobrado do produto. Ao despejar o molho no macarrão, viu as larvas.
“Fui temperar mais um pouco de macarrão e, aí, caiu esse corpo estranho, que pensei que era uma pele de rato cheia de larvas em volta. A minha preocupação maior é que chegamos a consumir o produto”, destacou.
Doriedson relatou que ele e a filha ficaram com dor de barriga e enjoo depois de terem consumido o produto sem perceber a presença do corpo estranho. O pedreiro foi até o médico, onde se submeteu a exame de sangue, mas nada foi detectado. Porém, fará uma nova avaliação nos próximos dias.
A Fugini Alimentos emitiu uma nota em que alegou que o corpo estranho encontrado no molho pode ter sido formado a partir de algum dano na embalagem do produto.
A empresa afirmou, ainda, que o dano pode ter sido imperceptível e causado durante o transporte e/ou armazenamento.
“Por não conter conservantes e ser um produto totalmente natural, a entrada de ar pela danificação da embalagem pode causar a contaminação do produto”, disse a nota.
A Fugini apontou, também, que está em contato com Doriedson para entender melhor o que aconteceu. A empresa se justificou dizendo que cumpre todas as obrigações para garantir a segurança dos consumidores de seus produtos.
Anvisa já suspendeu fabricação do produto
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia suspendido, em março de 2023, a fabricação, comercialização, distribuição e uso de alimentos da Fugini, produzidos em uma fábrica em Monte Alto (SP).
A agência relatou, na ocasião, que, depois da inspeção sanitária, foram encontradas falhas de higiene, controle de qualidade e segurança das matérias-primas utilizadas na fabricação dos produtos.
A Fugini admitiu o uso de corante vencido na fabricação de maioneses. A suspensão imposta pela Anvisa foi revogada em abril.