A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o laudo sobre o acidente aéreo que matou, em novembro de 2021, a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas. Segundo os técnicos, os pilotos da aeronave agiram com "imprudência e negligência".
Além da cantora, o avião levava o produtor Henrique Bahia, o assessor Abicieli Silveira e os pilotos Geraldo Martins de Medeiros e Tarciso Pessoa Viana. Ninguém sobreviveu.
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O laudo afirma que houve "quebra do dever de cuidado" por parte do piloto e do copiloto. Foi apontada ainda a ocorrência de um "homicídio culposo triplamente qualificado". No entanto, foi representado pelo arquivamento, já que Geraldo Martins de Medeiros e Tarciso Pessoa Viana também morreram na queda. Com o falecimento, houve a extinção da punibilidade.
Os investigadores destacaram que os pilotos foram imprudentes ao alongarem a perna base e saírem da zona de proteção, durante a aproximação para o pouso no aeródromo de Caratinga. Embora tivessem experiência de décadas em voo, os responsáveis pela condução da aeronave desconheciam o local e não fizeram contato com profissionais que operam na região, prática considerada de praxe na aviação.
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“Ficou comprovado que essa perna foi alongada em 1,5 milha náutica. Ele saiu da zona de proteção 1,5 milha náutica. Ele alongou a perna base da aproximação e fez a curva base e, no retorno, na fase de aproximação, vieram a colidir na linha de transmissão. Isso resultou no ato de imprudência. Já o ato de negligência foi a falha na análise prospectiva, na questão do plano de voo. Eles não tomaram ciência das cartas que previam a linha de transmissão da Cemig, bem como não seguiram os procedimentos padrões operacionais previstos para a aeronave”, explicou o delegado Sávio Assis Machado.
Perna base
A perna base é a parte do circuito de tráfego de aeródromo normalmente perpendicular ao eixo da pista, onde a aeronave se prepara para entrar na reta final até o pouso, segundo definição da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).