Os habitantes de Santa Fé de Goiás (GO) levaram um grande susto. A cidade, que fica a cerca de 260 quilômetros da capital, foi atingida por uma intensa ventania e uma nuvem de poeira gigante, que deixou o município encoberto por uma “cortina” de terra vermelha.
Moradores locais informaram que o fenômeno durou cerca de 20 minutos e, em seguida, caiu uma forte chuva por uma hora.
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“Foi feio, muito assustador mesmo. Inclusive, não só eu, mas toda população implorou a Deus”, declarou Aurio Antônio, corretor de imóveis rurais e morador da cidade, em entrevista ao G1.
A formação de nuvens de poeira desse tipo é considerada atípica, mas não anormal. A explicação pode estar em muitos dias registrando temperaturas elevadas, como ocorreu recentemente, umidade baixa e chegada de uma frente de instabilidade, o que pode provocar um contraste térmico.
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André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), destacou que as tempestades de poeira acontecem quando ocorre uma combinação de calor, umidade e pó solto. Esse pó, na maioria das vezes, vem das plantações nas áreas rurais.
“Essa combinação de fatores favorece uma tempestade local, mas às vezes a chuva não vem de imediato. Quando isso acontece há uma movimentação dos ventos e essas rajadas de vento acabam levantando pó das plantações, que estão soltos na superfície. Se observar é uma terra vermelha, de cultivo”, relatou.
Outros casos semelhantes
Vários municípios do interior de São Paulo foram atingidos pelo mesmo fenômeno, ou seja, nuvens de poeira, em 2021.
“Os redemoinhos são comuns, mas essas tempestades de areia com rajadas de vento nessa proporção não são comuns. O redemoinho é só o vento com movimento rápido circular levantando a poeira do solo”, declarou a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Andrea Ramos, à época, em entrevista ao Metrópoles.