CONFLITO ISRAEL-PALESTINA

Professora é demitida de escola particular em SP por fazer post em defesa da Palestina

Instituição de elite da cidade disse que a conduta da docente "compromete sua capacidade de criar um ambiente de aprendizado seguro e eficaz"

Prédio da escola Avenues, em São PauloCréditos: Vídeo de divulgação/Avenues
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Após fazer um post em suas redes sociais defendendo a Palestina, uma professora foi demitida da Avenues, uma escola particular com mensalidades que chegam a R$ 15 mil, localizada no bairro do Morumbi, zona oeste de São Paulo.

A docente compartilhou uma foto em seu Instagram particular com um homem segurando a bandeira palestina e os dizeres "basta de extermínio! O povo palestino tem o direito de se defender" e "abaixo a ocupação criminosa do Estado terrorista de Israel! Viva a luta pela libertação do povo palestino" como legenda.

Após tomarem ciência da postagem, pais de alunos foram reclamar com a direção da escola. No último dia 17, o colégio encaminhou uma carta às famílias em que dizia já estar adotando as medidas apropriadas para o caso.

A escola tentou acalmar as famílias afirmando que ela "acolhe pontos de vista dos quais discorda e que podem ser visto como controversos por alguns", mas entende que "mesmo discursos considerados legais não podem ultrapassar a linha do ódio contra religiões, raças, etnias, nacionalidades e outras categorias".

Os pais, no entanto, continuaram pressionando pela demissão da professora. A Avenues tem diversos alunos ligados à comunidade judaica israelense.

Professora foi demitida

Após pressão dos responsáveis dos alunos, a professora foi demitida nesta terça-feira (24). Em um comunicado interno, a direção da Avenues justificou a medida dizendo que a conduta da docente "compromete sua capacidade de criar um ambiente de aprendizado seguro e eficaz".

A escola disse ainda que demitiu a professora por ter "violado as políticas internas da escola, principalmente as relativas ao uso das mídias sociais", assim como valores de "acolhimento, segurança e respeito".

Um comunicado foi enviado pela direção aos outros docentes avisando que o "comportamento de educadores se estende além dos muros da escola, abrangendo suas atividades online e offline" e que algumas atitudes dos funcionários não só colocam os alunos em risco, como também podem prejudicar a credibilidade da Avenues.

* Com informações da Folha de S.Paulo