Armas utilizadas por criminosos em um assalto a um carro-forte em Guaíba, na região Metropolitana de Porto Alegre, em dezembro de 2021, foram adquiridas legalmente, de acordo com investigações da Polícia Civil.
O comprador, cooptado pelos bandidos para fazer a compra tinha registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC) junto ao Exército, afirma o delegado João Paulo de Abreu.
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O indivíduo, que comprou um fuzil e três pistolas e repassou ao grupo, chegou a ser preso temporariamente em fevereiro, mas foi solto.
"Primeiramente, o homem ganhou R$ 2 mil pela compra do fuzil e de uma arma curta. Após, foi aliciado para que comprasse outras armas curtas não tendo recebido nada para tal, tendo em vista que foi ameaçado de morte", diz.
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CACs
A partir de um decreto que ampliou o acesso às armas, pessoas que têm registro como atiradores, por exemplo, passaram a ter o direito de possuir até 60 armas, sendo 30 de uso restrito, como fuzis. Os caçadores podem ter até 15 armas com alto poder de fogo. Já para colecionadores, não há limite de armamento.
O número de armas registradas nas mãos de caçadores, atiradores e colecionadores praticamente triplicou no Rio Grande do Sul entre 2017 e 2022. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação pelos institutos Igarapé e Sou da Paz, e divulgados pelo g1 com exclusividade.
Assalto
O roubo, que teve grande repercussão nacional, ocorreu em 29 de dezembro de 2021. O carro-forte iria repor dinheiro em caixas eletrônicos. Criminosos, vestidos como policiais, chegaram ao local a bordo de veículos com adesivos falsos da Polícia Civil.
O bando fugiu com três pessoas reféns, um dono de veículo na Ilha dos Marinheiros e dois donos de casas na região.
As buscas pela quadrilha foram feitas por terra, pelo ar e também no Guaíba, com o auxílio de embarcações. Durante a ação, dois suspeitos foram presos e outros dois foram mortos em confronto. Posteriormente, um outro suspeito foi encontrado morto. O dinheiro roubado foi recuperado pela polícia.
Com informações do G1