O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ), em conjunto com a Corregedoria da Polícia Militar desencadeou uma operação na manhã desta quinta-feira (26) que já prendeu 9 de 11 PMs acusados de fazerem parte de uma quadrilha que fornecia armas e praticava tortura, corrupção, peculato e concussão - usar cargo público para obter vantagens - em ações contra traficantes e criminosos no estado.
Diferentemente do que aconteceu na Vila Cruzeiro, na zona norte do Rio, onde uma ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM deixou 26 mortos com indícios de execução, nem um tiro foi disparado até o momento na operação.
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Segundo a investigação do MP, a quadrilha de PMs sequestrava criminosos mediante tortura e pagamento de resgate, vendia armas, vazava operações e fazia troia, uma espécie de tocaia para surpreender traficantes.
Entre os presos estão o tenente-coronel André Araújo de Oliveira, comandante do 15º BPM (Duque de Caxias), e
o chefe do Serviço Reservado (P2) do batalhão, o capitão Anderson Santos Orrico. Na casa do capitão foi encontrado R$ 96 mil em dinheiro.
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“Preventivamente, o comandante do 15º BPM foi afastado da unidade visando à isenção no andamento do caso. A Polícia Militar não compactua com desvios de conduta e tem como objetivo a apuração dos fatos”, diz nota divulgada pela Secretaria de Estado de Polícia Militar.
Armas
No total, 35 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em endereços ligados aos denunciados, entre eles o Batalhão de Duque de Caxias, onde foi encontrado R$ 37 mil em espécie em uma das salas.
Na casa do subtenente Antônio Carlos dos Santos Alves, lotado no Batalhão de Caxias, agentes apreenderam armas pesadas, munição, radiocomunicadores, joias e R$ 120 mil em espécie.