ELEIÇÕES 2022

DataFórum: Bolsonaro comemora chacina da Vila Cruzeiro e engaja sua comunidade

A fake news de que Lula não foi capa da Time também é destaque do bolsonarismo no Twitter

DataFórum: Bolsonaro comemora chacina da Vila Cruzeiro e engaja sua comunidade.Créditos: Redes Sociais
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Levantamento DataFórum desta quinta-feira (26) revela aquilo que deve ser o tom de parte da campanha de reeleição do presidente Bolsonaro (PL) e como a sua base militante no Twitter, mas também em outras redes, deve se comportar ao longo do pleito nacional. 

A prospecção de dados do Twitter mostra que Bolsonaro obteve bom engajamento ao comemorar a chacina ocorrida nesta terça-feira (24) na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro que, deixou até este momento 25 mortos. 

Além de Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz também comemoram as mortes de moradores da Vila Cruzeiro. A barbárie festejada engajou a militância bolsonarista nas redes. 

Se do lado bolsonarista a barbárie serviu de base para o engajamento, na seara lulista a "toalha do Lula" fez sucesso a partir de um vídeo compartilhado pelo ex-presidente, no qual os vendedores afirmam que ela é um sucesso de vendas. 

No campo cirista, os grupos de apoio ao presidenciável do PDT continuam a apostar em temas relacionados a juventude e cultura nerd. Nesta quarta-feira (25) tentaram surfar no "Dia do Toalha", em referência ao Guia do Mochileiro das Galáxias. 

Os grupos bolsonaristas, a partir do festejo da barbárie ocorrida na Vila Cruzeiro, obtiveram 45% das menções no período analisado. Os grupos lulistas, por sua vez, ficaram com 32%. 

Foram analisados 372.350 tweets a partir das seguintes autoridades pesquisadas:  'Lula', 'Bolsonaro', 'Ciro', 'Moro', 'Alckmin', 'Eduardo Leite' e 'Simone Tebet'.

 

Bolsonaristas comemoram chacina da Vila Cruzeiro 

 

O bolsonarismo comemorou a fala do Marcos Uchôa, afirmando que o Bolsonaro forçou a Globo a contratar com carteira assinada suas celebridades, em vez de contratar como PJ. 

Também foi citado o silêncio de Lula sobre a chacina no RJ, afirmando que ele não quer perder votos entre policiais e obteve forte engajamento na comunidade uma fake news de que Lula não teria saído na capa da Time. 

Por sua vez, Bolsonaro parabenizou a Polícia Militar do RJ pela chacina na Vila Cruzeiro e seu filho Carlos novamente tentou articular o discurso que a culpa da crise econômica não é do seu pai.

 

Lulistas destacam sucesso das "toalhas do Lula" 

 

O lulismo destacou o sucesso de venda das “toalhas do Lula”, impulsionados por um vídeo compartilhado pelo próprio ex-Presidente. 

O presidente Bolsonaro foi duramente criticado por comemorar a chacina no Rio de Janeiro e por ter vetado a homenagem à Nise da Silveira. As mazelas econômicas e as “mamatas” do Governo Bolsonaro também obtiveram destaque.

 

Ciro Gomes defende "reestatização" da Petrobras 

 

Na comunidade cirista teve destaque reportagem da CNN com declarações de Ciro Gomes (PDT) onde afirma que, se for eleito presidente vai "reestatizar" Petrobras e Eletrobras se forem privatizadas por Bolsonaro. 

O presidenciável do PDT desafiou Lula (PT) a dar a mesma declaração sobre a Eletrobras e a Petrobras. Ciro tentou surfar na comemoração do "Dia da Toalha" e promoveu seu livro entre o público mais jovem, embalado na temática nerd. 

Houve ainda convocação da chamada "Turma Boa" para ação contra vídeos negativos sobre o presidenciável no YouTube e declaração de apoio a Ciro por um prefeito do PL de Bolsonaro. 

 

K-popers satirizam Bolsonaro 

 

Comunidade referenciada principalmente em K-Pop postou memes em tom satírico contra Bolsonaro e, por vezes, apoiando Lula. 

É interessante notar a presença desses personagens que muitas vezes não entram em debates políticos.

 

Lavajatistas elegem Lula como o seu alvo de críticas 

 

Os grupos lavajatistas, mesmo sem Moro entre os temas monitorados nesta rodada analítica, continuou presente entre as comunidades em destaque. Isso se deveu ao fato dos ataques proferidos por seus integrantes ao Lula e ao Bolsonaro. 

Lula é o alvo preferencial dos lavajatistas, uma vez que o PT entrou com ação contra Moro e este foi indiciado. A reação ao processo foi jocosa e as acusações a Lula continuam, com insistência para a eficiência da Lava Jato em julgar seus supostos crimes.