Subiu para 26 o número de mortos na chacina da Vila Cruzeiro, que ocorreu na última terça-feira (24). Entre eles está Douglas Costa Inácio Donato, 23, ex-militar da Marinha que trabalhava atualmente em uma loja de calçados, no bairro da Penha, também na zona norte.
Ao contrário do que o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse ao parabenizar a Polícia Militar pela ação, que eram “marginais ligados ao narcotráfico”, Douglas era trabalhador, pai de um bebê de dois meses e o seu nome não consta na relação dos 10 identificados pela Polícia Militar.
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“Um bom filho”
O pai de Douglas, o feirante Luis Cláudio Inácio Donato, 44, diz que ele tinha saído de uma festa com amigos de infância quando foi baleado. "Ele foi levar um amigo de moto na parte alta e na volta aconteceu isso. Todo mundo gostava dele. Era um bom filho".
Douglas fazia curso de vigilante e as apostilas de estudo estavam no baú na moto que foi arrombado, de acordo com o padrasto Augusto César Santos de Araújo, 47, chefe de barman.
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"Abriram o baú, as apostilas do curso de vigilante sumiram, trocaram a roupa dele e colocaram uma blusa da polícia. Trocaram a blusa. Ele ainda foi levado para a mata. Ele nunca entraria lá [na mata]", contou ao UOL.
O padrasto disse ainda: "foi um massacre já calculado, só para fazer ruindade, eles foram para matar. Os policiais já estavam na mata, eles encurralaram todos e dispararam de cima [da mata] para baixo".
Com informações do UOL