O presidente Jair Bolsonaro reagiu com indignação ao bloqueio do aplicativo de mensagens Telegram no território brasileiro, determinado nesta sexta-feira (18) por uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a um pedido da Polícia Federal. Os grupos radicais de extrema direita que o apoiam usam a plataforma para disseminar mentiras generalizadas contra todos os setores que não apoiam o governo ultrarreacionário do ex-capitão do Exército.
Na saída do Encontro Estadual de Pastores e Líderes da “Fé e Cidadania” das Assembleias de Deus, no Acre, o chefe de Estado classificou a decisão do magistrado do Supremo como “inadmissível” e, como é habitual, citou exemplos sem lógica e exagerados para manifestar sua contrariedade em relação à ação que prejudica suas hostes de vândalos digitais que tornaram as redes sociais uma terra sem lei. Ele disse que “pessoas podem morrer” se o aplicativo ficar fora do ar.
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“Olha as consequências da decisão monocrática de um ministro do STF. É inadmissível uma decisão dessa natureza. Porque não conseguiu atingir duas ou três pessoas que na cabeça dele deveriam ser banidas do Telegram, ele atinge 70 milhões de pessoas, podendo, inclusive, causar óbitos no Brasil por falta de contato paciente médico”, reclamou Bolsonaro.
O extremista ainda retomou a conhecida ladainha demagógica sobre “liberdade”, argumento que não se encaixa muito bem num político que construiu sua carreira enaltecendo a Ditadura Militar e homenageando torturadores.
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“O que há de pior para nós em uma medida inconsequente da minha parte é o caos para o Brasil, o que está em jogo é a nossa liberdade, um bem maior do que a nossa própria vida. Homem ou mulher sem liberdade não tem vida. E certas coisas só se dá valor depois que se perde”, completou o presidente.