Desde o fim da novela "Travessia" (2022/23), a atriz Cássia Kis estava numa espécie de geladeira da emissora, pois, durante as eleições de 2022, momento em que estava no ar, a artista declarou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e liderou atos antiaborto.
Além disso, a atriz causou climão na emissora, pois, durante uma entrevista, deu uma declaração homofóbica. "Não existe mais o homem e a mulher, mas a mulher com mulher e homem com homem. Essa ideologia de gênero que já está nas escolas [...] quer destruir a família", disparou a atriz.
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As atitudes da atriz desagradaram a direção da Globo, que busca nos últimos anos construir um ambiente de diversidade. Por causa disso, a emissora resolveu não renovar com Cássia Kis e, portanto, ela está fora do canal.
No entanto, a não renovação do contrato com Cássia Kis não significa portas fechadas, pois ela pode trabalhar em qualquer projeto do canal, mas será por meio de contrato por obra, método que o canal carioca tem adotado com a maioria das atrizes e atores.
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Cássia Kis ataca Lula e William Bonner em texto propagado em grupos bolsonaristas
Após a Globo voltar atrás em sua demissão por causa de uma possível repercussão negativa, Cássia Kis voltou à tona e divulgou em grupo de golpistas apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) no WhatsApp um texto atacando Lula, o economista Pérsio Arida, o dono da Natura Guilherme Leal e até mesmo o jornalista William Bonner, colega de emissora e apresentador do Jornal Nacional.
O texto atribuído ao consultor Stephen Kanitz por sites bolsonaristas e militares tem forte conotação etarista e destila preconceitos não só contra idosos, mas também contra sindicalistas e professores.
“Em 2060 entraremos em colapso, mais pessoas aposentadas do que trabalhando. Ou seja, muito antes de 2060 nossos filhos serão taxados em quase 100%, para que seus pais irresponsáveis possam viver”, diz trecho do texto intitulado "Do Caminho da Prosperidade para o Caminho da Servidão", distribuído nas redes por sites como Defesanet, que cobre assuntos militares.
Ao fazer terrorismo com a questão da Previdência, o texto diz que o dia "30 de Outubro de 2022, entrará na história como o dia em que rejeitamos a esperança de dar uma virada no curso da nossa história" e ataca.
"Mas elegemos um sindicalista e um bando de professores que odeiam metas de produtividade", diz o texto destilando preconceito.
"Aos jovens como Felipe Neto, aos jornalistas como William Bonner, aos economistas como Pérsio Arida, aos empresários como Guilherme Leal, que irresponsabilidade social vocês cometeram", emenda o texto compartilhado por Cássia Kis.
Na sequência, o suposto artigo se refere a Bolsonaro cobrando apoio ao "louco que estava reduzindo o tamanho do Estado, reduzindo impostos, e financiando startups".
Com informações da revista Veja