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CCXP: Angélica responde comentários sobre falta de diversidade em sua série

Apontada por preferência por convidadas "brancas e padrão", apresentadora declarou: "todas que estão ali, tinham que estar ali"

Angelica participou da CCXP pela primeira vez em 2023.Créditos: Reprodução/Instagram/@angelicasky
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A apresentadora Angélica deu uma declaração em resposta aos comentários críticos a respeito de sua série "Angélica - 50 & Tanto", que teria priorizado convidadas "brancas e padrão", na CCXP 2023, neste sábado (2). 

No painel de mesmo nome de sua série na arena GSHow, na Comic Con Experience, em São Paulo (SP), ela foi questionada sobre como lida com os comentários do público nas redes sociais. Segundo ela, a falta de diversidade nas pessoas recebidas em sua casa para os episódios não foi proposital.

As convidadas foram escolhidas de acordo com os assuntos que a gente ia falar, às vezes em relação com a minha vida.

De acordo com Angélica, a agenda das convidadas também dificultou o processo de gravação do projeto com outras pessoas. "Foi um quebra-cabeça grande para a gente ter as pessoas que tinham a ver com o assunto e estavam disponíveis para estar ali", declarou.

A apresentadora afirmou estar satisfeita com o andamento da série e com as pessoas que participaram das gravações: "Acredito que todas que estão ali, tinham que estar ali, porque depois que a gente viu o resultado, falei 'cara, não tinha como ser outra pessoa, não tinha como ser.'".

Reflexões sobre o machismo

Angélica também se manifestou sobre o machismo, um dos temas que aparece com recorrência em seu projeto, disponível no Globoplay. Segundo ela, as mulheres ainda buscam meios de superar a sociedade patriarcal, mas que "pequenos gestos e movimentos" contribuem na luta pela igualdade de gênero.

O mais difícil para mim é ser atriz, porque não é uma coisa que eu exercito, não é orgânico. Apresentar, falar, fico muito à vontade, fico mais à vontade às vezes no palco do que fora. Atuar para mim é mais complicado, mas me desafia, então gosto muito.

A rivalidade feminina também foi um tópico de sua reflexão: "Isso foi muito imposto a gente, a gente foi treinada para rivalizar, porque não é legal, mulheres unidas são muito fortes, é perigoso".

Não tenho dúvidas de que é um longo caminho para superar o machismo. Cada vez que eu vejo um post na internet de alguma coisa que a gente faz e você ver outras mulheres agredindo [outra mulher], eu vejo o quanto é difícil, o quanto ainda a gente tem muito o que falar, brigar por isso.

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