PIADA SEM GRAÇA

Justiça derruba vídeo de Léo Lins no YouTube por conter "piadas" racistas e machistas

Por meio de suas redes, o comediante criticou a decisão do Ministério Público que o obrigou a deletar o stand up

Justiça derruba vídeo de Léo Lins no YouTube por conter piadas racistas e machistas.Créditos: Reprodução redes sociais
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O comediante Léo Lins, por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), teve que deletar um especial em seu canal no YouTube, publicado em 2022. 

Segundo a decisão da juíza Gina Fonseca Correa, que atendeu pedido do Ministério Público, o show do humorista "estaria reproduzindo discursos e posicionamentos que hoje são repudiados". Entre os temas, são mencionadas "piadas" com a escravidão, perseguição religiosa, minorias, pessoas idosas e com deficiência. 

Além disso, a decisão da Justiça proíbe que o humorista publique, transmita ou mantenha em seus canais "conteúdo depreciativo ou humilhante em razão de raça, cor, etnia, religião, cultura, origem, procedência nacional ou regional, orientação sexual ou de gênero, condição de pessoa com deficiência ou idosa, crianças, adolescentes, mulheres, ou qualquer categoria considerada como minoria ou vulnerável". 

A decisão da juíza também proíbe que Léo Lins deixe a cidade de São Paulo por mais de dez dia sem autorização judicial e determinou que ele compareça mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades. 

Posteriormente à decisão da Justiça, a defesa de Léo Lins declarou que vai recorrer da determinação e classificou como "censura prévia". 

O comediante se manifestou por meio de suas redes. "É isso. O show está fora do ar. Eu vou ler o processo todo, vou preparar um vídeo a respeito disso e passar todas as informações para vocês [...] ao vivo eu ainda estou podendo fazer show, em alguns lugares, alguns teatros municipais não me recebem e até um ou outro teatro particular que eu já me apresentei, que não tive problema nenhum, agora escolhem não me receber", disse Léo Lins. 

O também comediante Fabio Porchat se solidarizou com Léo Lins e classificou a decisão da Justiça como "vergonha inaceitável".  


 

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