Atendendo a pedidos da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), a diretoria da Anvisa (Agência Brasileira de Vigilância Sanitária) aprovou na quarta-feira passada (14) o cultivo de canabis, a popular maconha, em espaços fechados para fins científicos.
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Antes da decisão as pesquisas dessa natureza, e há diversas delas pelo Brasil, só podiam contar com a substância proveniente de importação. As queixas de pesquisadores - de que tal legislação limita a possibilidade científica - foram amplamente divulgadas nos últimos anos.
A expectativa agora é de que a decisão possa servir como um precedente para que outros pesquisadores e institutos que demandam do insumo possam obtê-lo.
De acordo com o reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, a decisão é um marco histórico para a questão. O Instituto do Cérebro da UFRN desenvolve pesquisa sobre a eficácia de fitocanabinoides, substâncias obtidas através da polêmica planta, no tratamento de problemas neurológicos e psiquiátricos. O estudo é feito com animais que apresentam desde epilepsia até problemas cognitivos e afetivos.
Já o diretor da Anvisa e relator do processo, Alex Machado Campos, elogiou a agência no que diz respeito ao conhecimento científico sobre a canabis e aproveitou o momento do país para fazer uma defesa da ciência na hora de dar seu voto. “As instituições poderão alcançar melhores resultados e mais possibilidades no tema”, disse.
*Com informações da Folha.