DIÁRIO DA CHINA

Minha experiência digital na China

Contatos com pessoas, acompanhamento de saúde, compras e tarefas do cotidiano são feitas pela internet

Créditos: Reprodução internet
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A internet é crucial no meu relacionamento com os chineses. Desde julho de 2021 eu mantenho contato com a Embaixada do Brasil na China, que evoluiu para um relacionamento com representantes da China Media Group Latin America (CMG Latin America). 

Em março deste ano houve o lançamento da coluna 'China em Foco'. Em junho, o convite para participação no programa do Centro de Comunicação da Imprensa Internacional da China (CIPPC, na sigla em inglês), vinculado à Associação Chinesa de Diplomacia Pública. Em nenhuma ocasião tive contato pessoal com ninguém. Só on line.

Todo o desembaraço para a minha viagem à China também cumpriu etapas on line: conversas via WhatsApp, reunião via plataforma Zoom, preenchimento de pedido do visto. A única exceção foi a entrega e a busca do meu passaporte na sede da embaixada para obtenção do visto.

Durante o trânsito para Chengdu, meu primeiro destino na China, preenchi diversos formulários online do governo chinês para monitorar a saúde dos viajantes e garantir a política zero-covid. 

Em solo chinês, quando tenho contato pessoal com alguém no hotel em que cumpro a quarentena, estou de máscara e a pessoa está de macacão, face shield, máscara e luva. E isso só ocorre para medir duas vezes por dia minha temperatura e fazer meu teste de covid dia sim, dia não. 

De resto, é tudo feito pela internet. O WeChat (o WhatsApp chinês) é uma ferramenta-chave para essa experiência que tenho vivenciado. Todas as minhas necessidades cotidianas giram em torno da plataforma: pedidos para o hotel, conversa com meu contato e os colegas do programa da CIPPC, acesso a lojas para compra de itens dos quais preciso, navegar aleatoriamente para descobrir coisas novas - no meu caso marcas de moda autoral e por aí vai.

Instalei via WeChat o Health Kit, um miniprograma de Beijing para obter o sinal verde para entrar na cidade e me dar acesso a serviços como transporte público. 

Nesta segunda-feira (25) chegou o meu chip 5G da China Mobile. Pude criar minha conta na rede social chinesa Weibo e tem sido uma experiência curiosa, embora capenga. Fiz até o momento dois posts em inglês, um me apresentando e outro pedindo ajuda para configurar o perfil. Uma boa alma me respondeu, mas falhei miseravelmente em seguir as orientações que ela me forneceu: a tela dela é configurada de um modo diferente da minha e está em mandarim. Também não tive sucesso em usar a rede no computador. Sigo tentando. Consigo ler as notícias - há tradução para o inglês - checar os trending topics e assistir vídeos de cachorros fofos.

Um aplicativo de primeira necessidade para estrangeiros que como eu precisam se conectar com o país de origem é o VPN. Antes de sair do Brasil eu contratei e instalei um desses serviços e tenho acesso a tudo que preciso: Google, Twitter, Instagram, Facebook, YouTube, WhatsApp, meus streamings, o administrador da Revista Fórum para publicar meus textos e meus bancos.  

Os pagamentos por aqui também são feitos online. Ainda não tive oportunidade de ver como funciona. Há programa para esse fim também no WeChat. Assim que encerrar a quarentena e iniciar de fato a minha aventura eu compartilho com vocês como vai funcionar. 

Até amanhã!