HISTÓRIA DE VIDA

Paris 2024. Valdiléia, assentada do MST, está na final do salto em altura

Medalha é bom, mas uma vida assim, cheia de superação, vale ouro

Valdiléia está na final.Créditos: Wander Roberto/COB
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Mais forte, mais alto, mais rápido. O lema olímpico reflete a busca incessante por medalhas. Mas Olimpíada não é apenas isto. Atrás de cada atleta tem uma história de vida 

O Diário do Nordeste e Demétrio Vechioli, do UOL, contaram uma delas.

A história de Valdiléia Martins, de 34 anos, que igualou o recorde brasileiro do salto em altura - 1m92 - e que durava 35 anos para se colocar na final olímpica de amanhã.

Tem mais.

Valdiléia é uma assentada do MST, nascida em Querência do Norte, no Paraná. Ela foi descoberta para o atletismo em 2003, na Escola do Campo, no assentamento do Pontal do Tigre, pelo professor Flávio Rodrigues dos Santos.

Com a carência de materiais específicos, a improvisação era presente. Bastão de revezamento? Use espiga de milho.

Valdiléia saltava sobre vara de pescar. O colchão era improvisado com sacos de palha de arroz. Ela foi se destacando, participou de Jogos Estudantis e chegou à Olimpíada.

No início da semana em que iria competir, deu pai morreu. Ela pensou em desistir, mas foi em frente. "É um momento difícil, mas vou colocar a cabeça no lugar e saltar".

Saltou, igualou recorde e vai saltar novamente. Uma história olímpica que vale ouro, no necessariamente em firma de medalha.

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