HEGEMONIA

É preciso brecar o Real Madrid, a maior praga do futebol mundial

Dinheiro permite a construção de verdadeiras seleções transnacionais que impedem a competitividade de times com menos dinheiro

Mbappé, o novo astro do Real Madrid.Créditos: Reprodução Twitter Mbappé
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"Eu te amo calado, como quem ouve uma sinfonia".

Deve ser assim a relação do torcedor do Real Madrid a cada disputa. Eles sabem que vencerão. Não há disputa, não há drama, não há sofrimento. É uma sinfonia de uma orquestra que traz os melhores músicos do planeta.

O Real tem Vinícius Jr, o futuro melhor jogador do mundo. E trouxe Mbappé, também futuro melhor do mundo, o jogador com aproveitamento espetacular em Copas do Mundo. E trouxe Endrick, cujo início de carreira prenuncia também grande futuro.

Qual a graça de torcer por um time desses? Pergunto sem ironia. É um time para ser apreciado, um time que sempre traz um final feliz aos seus torcedores espalhados pelo mundo. A conta do Real Madrid no twitter tem 50 milhões de torcedores. A Espanha tem 48 milhões de habitantes.

Um time bilionário, graças aos direitos de transmissão, licenciamento de produtos e um estádio para mais de 80 mil pessoas, o Real tem uma seleção transnacional. Como não limite de estrangeiros, busca quem quer e quando quer. 

No final dos anos 50 e início dos 60, tinha Di Stefano, Puskás, Kopa, Santamaria e outros estrangeiros. Era imbatível.Em 66, com um time "espanhol", foi batido facilmente pelo Penarol de Rocha, Spencer, Abadie, Forlán e outros. 

Hoje em dia, craques como Rocha, Gerson, Rivellino, Ademir da Guia, Zico e outros não teriam feito a alegria de clubes brasileiros. Estariam no Real. Ou Valverde se compara a Rocha? Ou Rodrigo se compara a Zico.

E não citei o sacrossanto nome de Pelé.

A grande sacada do Real é ser um time mundial. Não é um representante da Espanha, que sempre teve um futebol médio. Seu grande momento foi o título mundial de 2010. Nada mais 

Pelo menos o Real tem história. Não se pode dizer o mesmo de Manchester City ou PSG, qye só cresceram com dinheiro árabe.

Sou a favor de que o jogador de futebol, como todo outro profissional, possa exercer sua profissão onde quiser e ganha do quanto queiram pagar.  Mas tenho saudades de quando se podia fazer um grande time aqui na América do Sul também: o São Paulo de Raí, o Flamengo de Zico, o Penarol de Rocha....

Não há nada a fazer. A não ser torcer contra a maldita orquestra, capaz de lindas sinfonias sem emoção. E lembrar sempre que eles têm dinheiro, mas nós temos Pelé, Garrincha, Rocha, Messi, Di Stefano, Maradona.....

 

 

 

 

 

 

 

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