DIDI, DEDÉ, MUSSUM E ZACARIAS

Renovação no Corinthians é digna dos Trapalhões e Pinóquio

Diretoria dispensou muita gente, não contratou reposição em tempo hábil e não consegue ter time competitivo, muito menos um banco de reservas razoável. E promete o que não pode cumprir

Yuri Alberto é muito questionado no Corinthians.Créditos: Reprodução Twitter Corinthians
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No dia 25 de julho de 2023 o Corinthians venceu o São Paulo por 2 x 1 pela semifinal da Copa do Brasil. Depois disso, os dois times se enfrentaram três vezes e o São Paulo ganhou todas, a última delas terminando com o orgulho corintiano de nunca haver sido derrotado em seu campo pelo rival. Foram seis meses de muitos erros.

Na vitória de julho, o Corinthians jogou com Cássio, Fagner, Gil, Murillo e Fábio Santos; Fausto Vera, (Mateus Araújo), Maycon (Rony), Renato Augusto (Bruno Méndez), Ruan (Adson), Roger Guedes (Filipe Augusto). O banco de reservas ainda tinha Giuliano e Romero. Não era um bom grupo, passou dificuldades até o final do Brasileiro, mas o modo como houve a troca demostra muito amadorismo.

O primeiro a sair foi Roger Guedes, que veio com a lorota de que sempre sonhou jogar no Catar. Enquanto o Corinthians perdia seu artilheiro, o São Paulo contratava Lucas, fundamental na vitória por 2 x 0, 15 dias depois, o que acarretou a eliminação corintiana.

Mas, vamos ver o time que venceu o São Paulo pela última vez: Gil, Renato Augusto e Giuliano foram dispensados. Fábio Santos se aposentou. Murillo, Rony, Adson e Filipe Augusto foram vendidos. Bruno Méndez saiu porque ficaria muito caro a aquisição. E Fábio Santos se aposentou. E Gabriel Moscardo, a grande revelação, também foi vendido.

E como foram feitas as substituições?

Lucas Veríssimo veio para a zaga, um dia depois da vitória para o São Paulo. Agora, em janeiro, Augusto Melo, o presidente, anunciou sua manutenção, seria um grande reforço. Ele foi inscrito para o Paulista, mas preferiu jogar no Catar. Clube e jogador trocam acusações sobre mau comportamento ético.

Gustavo Henrique veio sem custos. Está contundido e não pode jogar. Felix Torres foi anunciando e só chegou uma semana depois, porque o Santos Laguna, do México, queria receber uma parcela maior que o costume na primeira prestação. Augusto Melo disse que, por causa de lambanças da diretoria anterior, o clube sofria por falta de credibilidade. Foi o  mesmo com Raniele. Jogo duro do Cuiabá e demora para a liberação. 

Assim, o Corinthians perdeu o tabu jogando com Felix Tores e Caetano na zaga. Caetano foi expulso e entrou Raul Gustavo. E Gil? Está no Santos, jogando muito bem. Mas, sejamos coerentes, ele não estava tão bem assim no ano passado. Mas onde encontrar um reserva de seu nível?

Renato Augusto era a referência técnica do time, mas vivia contundido. Foi correto, sem dúvida, a sua saída. Mas, e a substituição? Rodrigo Garro veio do Talleres em 2 de janeiro. Chegou usando um chapéu estiloso, que virou imediato sucesso de vendas nas lojas do Corinthians. Um mês depois, ainda não estreou. Houve, novamente, discussão sobre os valores acordados. Agora, os documentos chegaram e a inscrição pode ser feita.

Matheusinho, lateral do Flamengo, treinou por uma semana e voltou para a Gávea. Houve divergência sobre o valor da "taxa de vitrine". Outra trapalhada.

Augusto Melo fala em crise de credibilidade, mas não contribui para que ela diminua. Com tantos problemas, anunciou um namoro firme com Gabigol. Nem pegaram na mão e a frase de Melo com certeza serviu de argumento na negociação de renovação de contrato de Gabigol com o Flamengo. Falou em Borré. Sonhos que vão terminar em Pedro Raul. Que foi um pesadelo no Vasco da Gama (nove gols em 25 jogos) antes de ir para o Toluca, onde fez quatro gols e 19 jogos. 

Mas a maior de Augusto Melo foi anunciar que a Vaidebet pagaria a multa de rompimento de contrato com a antiga patrocinadora. Não vai pagar e o Corinthians precisa arcar com R$ 38,8 milhões.

É muita trapalhada junta nos últimos seis meses. O preço é caro. O Corinthians tem 25% de aproveitamento no Paulista, com uma vitória e três derrotas. 
 

 

 

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