Brasil empata com o Uruguai. Normal, a realidade é esta mesmo
Seleção repete o resultado contra a Venezuela e está em quinto nas Eliminatórias. Não se pode falar em zebra ou surpresa, a situação está feia mesmo
Depois de empatar com a Venezuela, fora de casa, o Brasil faz um outro 1 x 1, desta vez contra o Uruguai, em Salvador.
A tendência é escrever um texto falando da decadência da seleção, capaz de apenas cinco vitórias em 12 jogos, mas a razão precisa estar presente. O Brasil seria favorito contra o Uruguai?
Não. Não, mesmo
O Uruguai está na frente do Brasil nas Eliminatórias. Tem 20 pontos contra 18. É o segundo colocado. Mesmo sem Arrascaeta e de La. Cruz, consegue ter um meio campo consistente, com Ugarte, Betancourt e principalmente Valverde.
E a defesa, comandada por Jose Maria Gimenez, soube ser um paredão por baixo e uma artilharia antiaérea por cima.
Ora, o Uruguai é um espetáculo, um time maravilhoso e o Brasil deve comemorar o empate?
Não, absolutamente não. Apenas, o momento atual - momento, não, já são dois anos - não é de superioridade contra o Uruguai, Argentina e Colômbia. Perdemos para as três.
O Brasil teve 68% de posse de bola e finalizou 18 vezes. O Uruguai, com 38%, finalizou oito. Mas, vejam só: Ederson fez duas defesas e Rochet, uma.
A impressão que fica é que o Brasil precisa do impossível: duas ou três semanas de treino para ajustar o time. Como não existe, vivemos de um golaço como o de Gerson. Mais bonito que o de Valverde. Grande coisa!