Depois de três anos de mandato em que o clube acumulou déficits, o presidente Júlio Casares, do São Paulo, deu um passo corajoso no combate à dívida de 700 milhões do clube.
Parte deste valor - 217 milhões - é devido a bancos. São empréstimos e mais empréstimos com aval do presidente e que oneram o clube em torno de 38 a 48 milhões anuais só em juros.
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O clube lançou um fundo de investimento em direitos creditórios - FIDC - que pretende arrecadar 240 milhões e pagar a dívida bancária. Todo mundo pode investir no fundo. Todo mundo, em termos, pois a cota mínima é de R$ 10 milhões. Os investidores terão direito a uma taxa de rendimento pré fixada, garantida por receitas futuras, como patrocínio e naming rights.
O São Paulo precisará assumir atitudes duras em relação ao futebol. Só poderá gastar R$ 350 milhões anuais, no caso de arrecadar a partir de R$ 700 milhões. Se arrecadar R$ 2 milhões, por exemplo, continuará podendo gastar "apenas" R$ 350 milhões. Se arrecadar R$ 400 milhões, só poderá gastar R$ 200 milhões. O clube se compromete também a ter superávit anual.
Os salários anuais com administração do clube serão de 4% da receita ou de R$ 25 milhões. Prevalece o menor valor. A cada trimestre, o clube somente poderá fazer empréstimos de R$ 10 milhões, desde que aprovado pelo comitê gestor do fundo, gerido pela Galápagos, empresa de investimento global.
O que significa ter um teto máximo de gastos de R$ 350 milhões?
Significa austeridade. Basta dizer que em 2023, as despesas foram de R$ 530 milhões. Significa que o clube não pode errar como errou com Orejuela, James, Galoppo ou Daniel Alves. Passou o tempo de contratar e dizer que a venda de camisas do novo astro seria suficiente para bancar salários.
O scout vai precisar de mais eficiência, na busca de jogadores bons e baratos. Arboleda é um exemplo a ser seguido. E será necessário olhar com mais cuidado para a base.
Esse post foi realizado a partir de informações do Anotações Tricolores.