Gaviões da Fiel, Torcida Independente, Torcida Jovem e outras dos grandes clubes paulistas deveriam, em assembleia conjunta, dar o título de sócia honorária para Leila Pereira, presidente do clube. Em entrevista coletiva, ela avalizou todas as gozações - injustas - que seu clube recebe dos adversários. Só faltou dizer que o Palmeiras não tem Mundial.
Agora, quando houver aquelas discussões enfadonhas, mas que são a alma do futebol, em que torcedores apontam defeitos no clube rival, a frase "o Palmeiras não é nada, se não fosse a Crefisa estaria na lama" poderá ser terminada com "foi sua presidente que falou". E foi isso mesmo, com uma diferença ou outra, que ela disse. Até 2014, a emoção da torcida era não cair. E não foi por mérito que não caiu pela terceira vez. Agora, ficam reclamando porque chegamos em quatro semifinais de Libertadores e ganhamos duas, disse Leila, a Magnânima.
A foto que ilustra este post é de Waldemar Fiume, um dos grandes nomes da história do clube nascido em 1914. Leila, a Benfeitora, talvez não o conheça. Aliás, será que ela sabe declamar a escalação do Palmeiras que vestiu a camisa da seleção brasileira e venceu a seleção uruguaia por 3 x 0 na inauguração do Mineirão?
E a segunda Academia, aquela que começa com Leão e termina com Nei? A Salvadora Leila já ouviu falar? E será que ela, a Profetisa, estava no Morumbi no 12 de junho de 1993, no mais belo dia dos Namorados para a torcida verde? Será que gritou com Denis e chorou com Tato?
Antes de 2015, o Palmeiras, que ainda não era da Comandante Leila, tinha Copa Rio, 8 Brasileiros, 1 Libertadores, 2 Copas do Brasil, tinha sede social, tinha o Parque Antártica e depois o Allianz Parque, tinha Centro de Treinamentos e uma linda história no basquete. São dados fornecidos pelo jornalista Diego Iwata Lima. E tinha, acrescento, uma torcida de muitos milhões espalhados pelo Brasil. Leila, o Moisés, não participou de nada. Nem da torcida, tenho quase certeza.
Além de se colocar como maior que o Palmeiras, Leila, o Anjo Gabriel, chamou as torcidas organizadas de câncer do futebol. É uma tese estranha para quem sempre teve boas relações com a Mancha, inclusive no Carnaval. E ainda duvidou do valor da camisa do Corinthians. Quero que me provem. Oras, ela é que precisa provar que não é o valor apregoado. Uma inversão a mais para aquela que confunde Crefisa e FAM com Palmeiras.