Cinco dias após ter sido espancado pelo estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre na portaria do prédio em Copacabana, zona sul do Rio, o ator Victor Meyniel divulgou uma foto nas redes sociais em que aparece com o rosto quase sem hematomas.
"Aos poucos sarando", escreveu em storie no Instagram no final da noite desta quinta-feira (7).
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Na última quarta-feira (6), a médica Karina de Assis prestou depoimento por quatro horas na 12ª Delegacia de Polícia (DP), que investiga o caso e derrubou a tese apresentada inicialmente por Yuri Moura, que ao ser preso disse que ela seria sua esposa e a teria defendido de agressões verbais do ator.
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Karina dividia o apartamento com o estudante, mas confirmou à polícia que Victor a teria "importunada" e a chamada de "chata e esquisita".
Segundo ela, Victor chegou com Yuri no apartamento após uma festa em Copacabana. Ela disse que o estudante confirmou que ficou com o ato. “Sim, ficamos. Mas o Victor é muito chato. Estou tentando fazer ele ir embora há algum tempo”.
A médica ainda relatou que chegou a sair do apartamento e foi para a academia, esperando que Victor fosse embora do apartamento. No entanto, diante da insistência e das importunações do ator, Yuri interveio.
“Ela mora aqui. A casa é dela. Você vai embora”, teria dito o estudante, que colocou o ato para fora e trancou a porta.
No entanto, Yuri teria aberto a porta para entregar um tênis a Victor. Ela diz ter acompanhado a discussão entre os dois pelo olho mágico, quando o ator teria feito uma ameaça: “Sua vida não será mais a mesma, você não sabe quem sou”.
O espancamento aconteceu em seguida, quando os dois desceram pela elevador e chegaram à portaria do prédio. A agressão foi filmada pelas câmeras de segurança.
Os advogados Maíra Fernandes e Ricardo Brajterman, que representam o ator Victor Meyniel, disseram que esperavam um depoimento favorável ao agressor.
"Ele e a depoente são amigos e que, em casos similares, a regra é tentar culpar a vítima pelo grave ataque que sofreu”, informaram ao jornal O Globo.
Para a defesa, "a verdade é uma só". "O depoimento parcial da amiga do agressor é incapaz de justificar o injustificável: o cruel e covarde espancamento revelado pelas imagens do circuito interno do edifício, e a omissão de socorro cometida pelo porteiro”.