Alvo da primeira grande mentira de Pablo Marçal (PRTB) que, em 8 de agosto na Band o acusou de "cheirar" cocaína", Guilherme Boulos (PSOL) levou à tiracolo no debate da TV Globo, na noite desta quinta-feira (3), um exame toxicológico com o resultado negativo sobre uso de drogas e mostrou o documento diante de uma tentativa do ex-coach de repetir a fake news.
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Tirado do personagem de "lobo em pele de cordeiro" pelo candidato de Lula, Marçal reagiu energicamente dizendo que "[Boulos é] alguém que deve conhecer melhor a cidade de São Paulo na questão de ‘biqueiras’, porque eu não conheço nenhuma, e ele deve conhecer várias”.
De bate-pronto, Boulos sacou o exame “para encerrar de uma vez por todas esse tipo de acusação”, e pediu que Marçal fizesse um também, além de um exame psicotécnico.
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“Porque é baixo, e ataca a família, eu sou pai de duas filhas e não aceito ter a honra atacada desse jeito, está aqui, fiz o exame toxicológico. Faça o seu, Marçal. Faça o psicotécnico”, disse.
Farsa
Após o debate, em entrevista coletiva, Guilherme Boulos explicou o motivo de ter feito e mostrado o exame toxicológico ao ser confrontado por Marçal na Globo.
"Nós estamos há três dias da eleição e eu já imaginava que essa acusação pudesse vir hoje, inclusive com um potencial de dano eleitoral real. Por isso decidi acabar de uma vez por todas com essa farsa", explicou o psolista.
Boulos lembrou de como a narrativa de Marçal foi se desenhando à medida que ele era desmentido durante o processo eleitoral para que a mentira ecoasse na horda de radicais.
Primeiramente, Marçal foi desmentido por reportagem da Folha de S.Paulo, que mostrou que o ex-coach pesquisou no Google pelos termos "Guilherme" e "Boulos" e encontrou processo contra o empresário Guilherme Bardauil Boulos, homônimo do deputado, que enfrentou processo por uso de maconha há mais de 20 anos.
No debate de segunda-feira (2), Marçal voltou à tona sobre o caso e citou "Espraiada. Hospital do Servidor. Prometi mostrar na última semana e vou fazer isso".
Boulos explicou que, quando tinha 19 anos, ficou alguns dias internado no Hospital do Servidor para tratar de um quadro de depressão crônica, destruindo a tentativa de Marçal de emplacar a narrativa de que ele teria sido internado por algum problema relacionado ao uso de drogas.
"Vocês acompanharam. A 1ª vez que o Pablo Marçal mentiu dizendo isso, utilizou um homônimo. A segunda vez foi essa semana querendo confundir uma internação por depressão com uso de drogas. A gente sabia que isso poderia vir de novo e isso poderia ter um efeito eleitoral", emendou.
Boulos ainda lembrou a milícia digital montada por Marçal para, a exemplo do que fez Jair Bolsonaro (PL), propagar mentiras e discurso de ódio. E a impossibilidade de desmenti-lo diante da proximidade da votação.
"Lamentavelmente, a gente vive uma sociedade, até pelas redes sociais, onde a mentira se prolifera. E há três dias das eleições não daria tempo da gente desmentir se ele reafirmasse a mentira e a fake News, como fez. Por isso, a decisão da nossa campanha de fazer o exame. Quem rebaixa o trabalho é quem trabalha com mentira", disse Boulos.
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