Movimentos sociais fazem ato para impedir que Escolástica Rosa vire escola militar

Objetivo da ação é defender a manutenção da tradicional escola de Santos como espaço educativo e cultural

Escolástica Rosa.Créditos: Prefeitura de Santos/Divulgação
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O complexo educacional Escolástica Rosa, em Santos, está em xeque. A recente articulação do governo do estado de São Paulo é no sentido de transformar a tradicional instituição de ensino em escola militar.

Com o objetivo de lutar para impedir que isso aconteça, vários movimentos sociais promovem neste sábado (15), às 13 horas, em Santos, um ato em frente ao prédio, em defesa da manutenção da unidade como espaço educativo e cultural.

Entidades como Frente Feminista da Baixada Santista, Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Central Única dos Trabalhadores (CUT), entre outras, além de simpatizantes, participarão do protesto.

A ideia de transformar o complexo educacional em escola militar, sem a realização de consulta pública, é do governo do estado e partiu da deputada federal bolsonarista Rosana Valle (PL).

Em paralelo, o vereador Paulo Miyasiro (Republicanos), do mesmo partido do governador Tarcísio de Freitas, apresentou um requerimento à Câmara de Santos para que seja realizada uma audiência pública. O objetivo é buscar a melhor solução para o destino do histórico complexo educacional, de acordo com reportagem de Carlos Ratton, no Diário do Litoral.

Miyasiro destacou que, apesar de se tratar de um imóvel destinado por testamento de João Octavio dos Santos ao Acervo Patrimonial da Santa Casa de Santos, o que se deseja é consultar as autoridades constituídas, o representante da Santa Casa e demais instituições do terceiro setor.

“Aberração”

A professora Sonia Maciel, representante da direção da Apeoesp, rechaça a ideia. “Para quem conhece o imóvel e os objetivos pelo qual ele foi concebido, é inaceitável tamanha aberração. Por que não se pensar em projetos culturais, semelhante ao Museu do Amanhã, do Rio de Janeiro?”, destacou Sonia.

O Escolástica Rosa é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa), o que, em princípio, descartaria o uso das instalações para outros destinos.

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