Uma mulher foi presa em flagrante depois de torturar uma menina de 4 anos, em São Vicente, litoral paulista. A criança teve a parte íntima queimada com um isqueiro apenas porque fez xixi na cama e sofreu ferimentos de até terceiro grau.
Evelyn Tayna Leite Ramos, mãe da vítima, declarou que considerava a criminosa, de 22 anos, como uma irmã. Ela disse, ainda, que deseja Justiça e que a autora siga presa.
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A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) relatou que a Polícia Militar (PM) foi acionada pela mãe da menina para atender à ocorrência no bairro Vila Margarida. A mulher chegou a ser hostilizada pela população enquanto era conduzida pelos agentes a uma viatura.
“Acho que não livrei só as minhas filhas dela. Livrei as delas também porque não sei o que ela fazia com as meninas”, afirmou Evelyn, em entrevista para a TV Tribuna.
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A mãe disse ter ficado chocada. “Não imaginava que ela ia fazer isso com a minha filha. Eu tinha ela como irmã, eu amo as filhas dela, sempre cuidei com muito amor e muito carinho das filhas dela. Não consigo entender por que ela fez isso com a minha filha”.
“Eu confiei nela achando que minhas filhas estavam guardadas, seguras, bem alimentadas, limpinhas, da mesma forma que as dela eram [comigo], mas infelizmente não foi isso que aconteceu”, acrescentou.
O que diz o BO
O boletim de ocorrência (BO) informou que a mãe contou aos policiais que deixou a filha na casa da indiciada, que era amiga da família, por duas semanas. Ao voltar, a menina contou que a mulher havia queimado a parte íntima dela, além das pontas dos dedos e do lábio, como castigo por ter feito xixi na cama.
Ainda conforme o registro policial, a autora confessou ter queimado a menor com a parte de metal do isqueiro. Embora a criança tenha mencionado a punição por ter feito xixi, a mulher não se referiu ao que motivou a ação absurda.
A mulher foi indiciada e teve a prisão em flagrante decretada. A Secretaria de Segurança Pública de São aulo (SSP-SP) informou que a vítima recebeu atendimento médico no PS Central de São Vicente e, depois disso, foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) de Santos para exame de corpo de delito.
Conselho Tutelar
Anderson Paixão, conselheiro tutelar, acompanhou a abordagem da polícia e prestou apoio à menina e à mãe. Ele destacou que o relatório médico apontou queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus.
“A criança relatou à mãe o que havia ocorrido, que fez xixi na cama e a tia queimou ela, e apontou para as partes. Ao verificar, a mãe percebeu queimaduras na região íntima da filha e, imediatamente, acionou a Polícia Militar”, disse o conselheiro, em entrevista ao G1.
Segundo Anderson, a mãe da criança “demonstrava um aparente abalo emocional e um misto de choque e receio diante da situação”. Ainda conforme o conselheiro, o relatório médico e o BO foram favoráveis a Evelyn, “não havendo necessidade de aplicação de medidas protetivas”. Porém, o Conselho Tutelar continuará acompanhando o caso.
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