A Organização Mundial da Saúde (OMS) se manifestou, nesta terça-feira (29), sobre os cortes anunciados pelo presidente Donald Trump a programas de combate ao HIV com um alerta grave sobre as consequências dessa medida. Em nota, a instituição afirma que a interrupção de financiamento ao programa representa uma "ameaça global".
Segundo a OMS, mais de 30 milhões de pessoas ao redor do mundo podem ficar em situação de risco de vida com os cortes anunciados. A medida também pode levar o mundo de volta às décadas de 1980 e 1990, quando milhões de pessoas morriam devido ao HIV.
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"Uma parada de financiamento para programas de HIV pode colocar os viventes com HIV em risco imediato de doença e morte, além de minar os esforços para prevenir a transmissão em comunidades e países. Essas medidas, se prolongadas, podem levar ao aumento de novas infecções e mortes, revertendo décadas de progresso e possivelmente levando o mundo de volta aos anos 1980 e 1990, quando milhões morriam de HIV a cada ano, incluindo muitos nos Estados Unidos", diz trecho do comunicado.
"Apelamos ao governo dos Estados Unidos para que autorize isenções adicionais para garantir o fornecimento de tratamento e cuidados vitais para o HIV", acrescenta a nota.
O corte de financiamento afeta o Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o alívio da AIDS, que fornece os medicamentos e causa impacto principalmente em países mais pobres, como os países do continente africano.
O Brasil também deve ser afetado com a medida, já que recebe financiamento do programa para baratear os custos com o tratamento da Aids. Além disso, estudos realizados pela Fiocruz para aumentar a conscientização sobre a doença também podem ser paralisados.