SAÚDE PÚBLICA

Brasil vive pico de mortes e contágios por Covid-19

Houve um aumento de 800% nos óbitos e de 136% dos contágios na primeira semana epidemiológica de agosto, mas nível está muito abaixo dos piores momentos da pandemia; Dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde

Representação do vírus que causa a Covid-19.Créditos: Pixabay
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O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou nesta quinta-feira (15) os dados sobre o combate à Covid-19 no Brasil durante a primeira semana epidemiológica de agosto, entre os dias 4 e 10. Segundo o levantamento, o Brasil infelizmente vive um novo pico de mortes e contágios pela doença.

Ao todo, foram contabilizadas 107 mortes, o que representou um aumento de 800% em relação à semana anterior. Além disso, foram registrados 9.270 novos casos de contágio, em aumento de 136% no mesmo período.

Mas não é razão para alarme. O pico de mortes e contágios é relacionado aos níveis apresentados a partir de janeiro de 2023, quando a vacinação já atingia a população e o último pico de contaminação havia sido atingido no dia 7 daquele mês.

O pior momento da pandemia no Brasil no quesito contágio ocorreu no início de 2022. Em 29 de janeiro daquele ano, vivemos nossa pior semana epidemiológica nesse sentido, com mais de 1,3 milhão de casos registrados. O pico da variante ômicron viria semanas depois, em 12 de fevereiro, com mais de 950 mil casos. Depois disso, houve mais duas altas, a última em 7 de janeiro de 2023, muito abaixo do período mais crítico e consideravelmente mais alta do que o vivido hoje.

Já em relação a mortes por Covid-19, a pior semana epidemiológica foi a de 10 de abril de 2021, quando completávamos 13 meses de pandemia e o governo Bolsonaro ainda negociava vacinas superfaturadas com empresas suspeitas enquanto ignorava os e-mails da Pfizer. Na ocasião, morreram 21 mil pessoas. Em 12 de fevereiro de 2022, durante o pico da ômicron, foram 6,2 mil mortes, no segundo pior momento de letalidade da pandemia.

Quando o Governo Lula assumiu, a pandemia já estava controlada e a vacinação avançada, apesar dos esforços negacionistas em sentido contrário do governo anterior. Com a nova gestão, os dados sobre a Covid-19 pararam de receber atualização diária e passaram a ser divulgados semanalmente, a cada semana epidemiológica.